domingo, 28 de julho de 2013

VÃO E FAÇAM BARULHO

VAYAN Y FORMEN LIOS - VÃO E FAÇAM BARULHO

Nota do Editor: Tradução do texto do Padre Tomas Del Valle-Reyes publicado originalmente em espanhol no seu blog - http://columnadelpadretomas.blogspot.com.br/2013/07/vayan-y-formen-lios.html

Rio de Janeiro, 26 de Julho de 2013

(Fotos e texto original em espanhol: Padre Tomas Del Valle-Reyes)


Já estamos com cinco dias de Jornada da Juventude no Rio de Janeiro. Os quatro primeiros dias foram de aquecimento.

O Papa chegou na Segunda-feira, formou-se uma pequena agitação, porém se foi a descansar. A falha na segurança por pouco não nos prejudica, mas tudo não passou de um mero susto.

Depois foi a Aparecida, onde se molhou todo com a chuva. Por aqui no Rio quase nunca chove nessa época, mas basta que venha alguém importante para que as nuvens derramem água. O Rio ficou inundado.


E se formou uma movimentação tão grande como poucas vezes se havia visto nesta complexa cidade.

Aos oito milhões que vivem aqui se juntaram mais dois milhões que vieram para rezar, cantar, acompanhar, celebrar nossa fé ou, simplesmente, para aprender o que estamos vendo aqui.

Os gestos e sermões de Francisco foram o que esperávamos: visita a favela, centro de drogados atendido por um grande sacerdote junto com seus colaboradores, participação na Praia de Copacabana da cerimônia de acolhida - com frio e humidade que chegava até os ossos - e, bem, o que é próprio de Francisco, quebrar protocolos, improvisar em seus sermões, abraçar crianças, colocou o pessoal da segurança a ponto de um ataque de nervos.

Entre os que vieram para celebrar esta Jornada não podia faltar um grupo grande de seus compatriotas, os argentinos.

O fato é que esse é o segundo grupo em importância depois dos anfitriões. Foi possível encontrar um templo onde se reuniu um bom grupo deles, e ali, profundamente emocionado, conversou com eles.


A conversa foi alegre, sincera, de amigo para amigo, de pai que emigrou e se encontra rapidamente com seus filhos. E durante esa conversa ele não lhes disse que se portassem bem, que fossem tranquilos, exemplares, bons garotos. Não. Simplesmente lhes disse que façam o maior barulho que puderem, que vivam o evangelho com todas as consequências.


Mas como sabe que os jovens de hojee m dia não leem muito, mas somente passam mensagens e tuitam o tempo todo, lhes indicou as passagens do evangelho que devem ler e praticar: um pedaço do capítulo 5 e todo o capítulo 25 de São Mateus.

Ou seja, lhes disse que serão felizes se forem capazes de acolher, construir a paz, ser testemunhas e construtores da justiça.

Que devem andar com as lâmpadas acesas para poder ver. Ver ao que tem fome, tem sede, está nú, é emigrante, vive escravo da enfermidade, do cárcere.



E tudo isso é possível já que a todos foram dados alguns talentos e temos que deixar de desculpas e nos por em prática.

E se isso se põe em prática, tremendo barulho vai se formar em muitas paróquias, escolas católicas, instituições religiosas, etc.

Já basta de piedades desencarnadas e alienantes.

É hora de fazer barulho! As paróquias, os colégios, as instituições são para sair, pois se não saem se convertem em uma ONG e a Igreja não pode ser uma ONG.

Que me perdoem os Bispos e os párocos, se alguns vão fazer barulho junto a vocês, mas... Esse é o conselho. E muito obrigado pelo que puderem fazer, pelo que vai se formar de agora em diante…

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