sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Os Irmãos de Jesus - Jesus teve irmãos???

Os Irmãos de Jesus - Jesus teve irmãos???

Estudo aprofundado sobre Os Irmãos de Jesus mencionados na Bíblia para mostrar que Maria, Imaculada e sempre Virgem, foi mãe de apenas um único filho: Jesus, o Filho de Deus.

O texto do vídeo está mais abaixo

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CRÉDITOS: DIREITOS AUTORAIS E PROPRIEDADE INTELECTUAL (Copyright & Credits):
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O AUTOR: DERMEVAL PEREIRA NEVES é o criador deste vídeo e seus DIREITOS AUTORAIS se estendem à:
TEXTO: Criação de Textos, Roteiros, Scripts, Diagramação e Legendas
VÍDEO: Produção, Gravação, Edição, Sonorização e Publicação
Música: Holiday Brass Ensemble - YouTube Music
Outras Imagens: Google Images (Autores não identificados. Favor informar para os devidos créditos)

AVISO: Qualquer uso não autorizado do todo ou partes deste vídeo está sujeito às penas da Lei de Direitos Autorais Brasileiras - LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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TEXTO DO VÍDEO

Que a Paz de Jesus e o Amor de Maria estejam sempre com cada um de nós.

Antes de começar, vamos pedir a orientação do Espírito Santo para que Ele nos conduza neste estudo e nos mostre a verdade sobre os fatos.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Inspirai Senhor as nossas ações e ajudai-nos a realizá-las para que em Vós comece e para Vós termine tudo o que fizermos, por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Neste vídeo vou fazer um estudo detalhado sobre Os Irmãos e Irmãs de Jesus mencionados na Bíblia e mostrar que Maria, Imaculada e sempre Virgem, foi mãe de apenas um filho: Jesus, o Filho de Deus.

O tema é bastante polêmico entre os cristãos fora da Igreja Católica, pois se deixam levar pela simples interpretação pessoal de algumas pessoas que não tem interesse algum em transmitir a Palavra de Deus como ela verdadeiramente é...

Simplesmente querem fazer valer suas opiniões pessoais, muitas vezes baseadas em seu próprio conhecimento, pela sua visão de mundo e não pela correta interpretação da Palavra de Deus.

Sugiro a você, católico ou não, que abra sua mente e deixe o Espírito Santo te mostrar a verdade que apresento aqui.

Livre-se de qualquer preconceito sobre o assunto e estude comigo a profundidade deste tema.

Quero oferecer aqui uma explicação detalhada sobre a doutrina da Igreja Católica a respeito da virgindade perpétua de Maria e como a Igreja entende as passagens que mencionam "irmãos" de Jesus nas Escrituras.

Antes do final do vídeo vou mostrar também o que dizem estudiosos de fora da Igreja Católica sobre o assunto e suas conclusões.

Reserve esse tempo para se dedicar a esse estudo e renuncie a toda distração que possa te fazer desistir de ver este vídeo até o final.

Peço que você curta e dê o seu Like e compartilhe este vídeo para que mais pessoas possam também conhecer essa verdade. Veja na descrição do vídeo os links do Sistema Salve Rainha de Evangelização.

Eu sou Dermeval Neves, Infoprodutor, católico praticante, Catequista, Animador Litúrgico, Estudioso das Sagradas Escrituras, da Tradição Apostólica e do Magistério da Igreja Católica, e, presto o serviço de evangelização há mais de trinta anos. Criei o Sistema Salve Rainha de Evangelização presente nas principais redes sociais e que hoje conta com mais de um milhão de seguidores em mais de cinqüenta países.

Bom, feitas as apresentações, vamos ao tema...

Maria sempre fez parte da vontade de Deus de trazer a Salvação para o homem, corrompido pelo pecado de Adão e Eva.

Para isso, ele predestinou Maria para ser a Mãe de Jesus, o Salvador da humanidade, como vemos em Gênesis 3, 15.

Em primeiro lugar, vamos falar do Dogma de Fé da Igreja Católica que trata da Virgindade Perpétua de Maria.

Deus, em sua infinita bondade, preservou Maria da mancha do pecado original e a manteve sempre pura, desde a sua concepção, por isso a chamamos Imaculada, aquela que nasceu sem a mácula que é comum a todos os outros seres humanos.

A Igreja Católica ensina que Maria é sempre virgem: antes, durante e após o nascimento de Jesus, através de um Dogma de Fé.

O que são os Dogmas de Fé da Igreja Católica Apostólica Romana?

Os dogmas são verdades de fé, que o Magistério da Igreja através do Papa, por meio de longos estudos ou Concílio se reúnem e discutem as verdades por trás daquilo que foi apresentado como verdade e se pode ser proclamado como dogma.

Normalmente junto com o dogma é publicado um documento que comprove aquilo que a Igreja está proclamando, assim como ocorreu com a Bula Ineffabillis Deus que foi proclamada como fruto da proclamação do dogma da Imaculada Conceição.

Por isso nada na Igreja é publicado do dia para a noite ou se alguém queira que a Igreja decrete algo.

A Igreja primeiro vai verificar a verdade que está por trás daquilo que foi apresentado, fazer longos estudos baseados nas Escrituras, na Tradição Apostólica e no Magistério da Igreja para assim proclamar um dogma como verdade de fé.

Até mesmo para proclamar alguém Santo, a Igreja leva muito tempo.

Não é do dia para a noite que se declara venerável, que reconhece as suas virtudes com a Beatificação, ou a posterior canonização de alguém, mas através de provas, comprovação de milagres e testemunho de pessoas que conviveram com aquele que poderá ser canonizado.

A Igreja desde o princípio sempre reconheceu que Nossa Senhora era Imaculada, ou seja, sem a mancha do pecado original.

Maria era toda de Deus e sempre disposta a fazer a sua vontade divina, mas somente em 1854 foi proclamado esse dogma, como verdade de fé.

Foram longos anos de estudo do Magistério da Igreja, antes de proclamar esse dogma e apresentá-lo aos fiéis.

A Igreja apresenta os dogmas como verdade de fé.

Portanto, para estarmos em comunhão com a Igreja e sendo fiéis ao batismo que recebemos devemos acreditar e aceitar esses dogmas como verdade de fé.

Os Dogmas de Fé, relacionados à Virgem Maria são quatro:

Dogma da Imaculada Conceição
Dogma de “Maria, Mãe de Deus”
Dogma da Virgindade de Maria
Dogma da Assunção

Vamos nos concentrar aqui apenas no dogma da Imaculada Conceição e no dogma da Virgindade Perpétua de Maria.

Dogma da Imaculada Conceição

Pelo pecado original, o ser humano se tornou sujeito ao erro, mas em Maria se concretizou a promessa de Deus.

Ela, que nasceu sem mácula, com a graça original, a simples jovem de Nazaré é superior a toda criatura, inferior somente a Jesus Cristo, por isso é chamada de Imaculada Conceição.

Nossa Senhora foi concebida sem a mancha do pecado original.

Nenhuma mácula de pecado lhe atingiu durante a sua vida, pois Ela foi agraciada e escolhida por Deus para ser a Mãe de Jesus.

Para cumprir a missão extraordinária de Mãe de Deus, Maria foi enriquecida por Deus com todas as graças, e de modo especialíssimo com a graça de nunca conhecer o pecado: nem o original e nem o pessoal.

Foi concebida no seio de sua Mãe, Santa Ana, sem a culpa original.

Dogma da Virgindade de Maria

O evangelista Mateus, referindo o anúncio do anjo a José, afirma de igual modo como Lucas a concepção operada “pelo Espírito Santo” (Mateus capítulo 1, versículo 20), com exclusão de relações conjugais.

Mateus apresenta a origem virginal de Jesus como cumprimento da profecia de Isaías: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho; e chamá-lo-ão Emmanuel, que quer dizer “Deus conosco” ´ (Mateus capítulo 1, versículo 23; Isaías capítulo 7, versículo 14).

Ao contrário de Lucas e de Mateus, o Evangelho de Marcos não fala da concepção nem do nascimento de Jesus; contudo, é digno de nota o fato de Marcos jamais mencionar José, esposo de Maria.

Jesus é chamado “o filho de Maria” da gente de Nazaré ou então, noutro contexto, “o Filho de Deus” em várias ocasiões.

Os textos mais antigos, quando se referem à concepção de Jesus, chamam Maria simplesmente “Virgem”.

Os cristãos dos primeiros séculos expressaram essa convicção de fé mediante o termo grego aeiparthenos “sempre virgem” criado para qualificar de modo singular e eficaz a pessoa de Maria, e exprimir numa só palavra a fé da Igreja na sua virgindade perpétua.

Esse dogma, conhecido como "virgindade perpétua de Maria," afirma que ela nunca teve outros filhos além de Jesus, nem qualquer relação conjugal com José.

Essa crença é fundamentada em vários pontos da tradição cristã e no entendimento da Igreja acerca da pureza e da consagração única de Maria a Deus.

Dito isto, vamos avaliar a Interpretação dos "Irmãos e irmãs de Jesus" mencionados na Bíblia.

Algumas passagens bíblicas mencionam "irmãos" de Jesus (como em Mateus 13:55-56 e Marcos 6:3), o que tem levado alguns a supor que Maria teve outros filhos.

No entanto, a Igreja Católica interpreta esses versículos de uma forma diferente e mais assertiva, com base em vários pontos:

O Termo Original para “Irmãos”
Na língua hebraica e aramaica, que eram os idiomas usados pelo povo judeu na época de Jesus, não havia uma palavra específica para designar "primo" ou outros graus de parentesco como cunhado, tios e tias, sobrinhos e sobrinhas, netos e netas, etc...

Assim, o termo "irmão" (“ach” em hebraico ou "adelphos" em grego) era usado para se referir não apenas a irmãos de sangue, mas também a parentes próximos, como primos e outros familiares.

Dessa forma, os "irmãos" de Jesus mencionados no Novo Testamento eram, na verdade, primos ou parentes próximos dele, e não filhos de Maria.

Mais para o final deste vídeo vamos mostrar todas as passagens bíblica que mencionam o termo “irmãos de Jesus” e que os chamados irmãos de Jesus eram seus parentes e não filhos de Maria, apresentando a provável filiação dessas pessoas.

Outros evangelhos esclarecem os parentescos: Em algumas passagens, os "irmãos" de Jesus são mencionados junto com Maria, esposa de Cléofas (cf. João 19:25), que é considerada uma parente de Maria, mãe de Jesus.

Esse Cléofas, segundo a tradição, poderia ser irmão ou parente próximo de São José, o que reforça a ideia de que os "irmãos" são parentes de Jesus, não filhos de Maria.

No testemunho de toda a Tradição Cristã Primitiva vemos que desde os primeiros séculos, os Padres da Igreja, como Santo Agostinho e São Jerônimo, interpretaram essas passagens à luz da virgindade perpétua de Maria, afirmando que ela não teve outros filhos.

São Jerônimo, por exemplo, escreveu extensivamente sobre isso, defendendo a virgindade perpétua de Maria contra interpretações que sugeriam o contrário.

Avaliando o Significado Teológico da Virgindade Perpétua de Maria vemos que a Igreja considera que a virgindade perpétua de Maria tem um valor espiritual e teológico profundo.

Maria é vista como um modelo perfeito de consagração a Deus, e sua virgindade representa sua entrega completa e total ao plano divino.

Como Mãe de Deus, ela é considerada única e especial na história da salvação, e sua virgindade perpétua é um sinal de sua singularidade.

Maria é apresentada como "Nova Eva" e muitos Padres da Igreja chamavam Maria de "Nova Eva", uma figura que, por sua pureza e obediência a Deus, contrasta com a desobediência de Eva.

Assim como Cristo é o "Novo Adão", Maria é a "Nova Eva" que, pela sua virgindade e pureza, com seu SIM a Deus contribui para a redenção da humanidade ao aceitar ser a mãe do Salvador.

A Consagração Exclusiva a Cristo: A Igreja também vê a virgindade perpétua de Maria como uma consagração exclusiva a Cristo, seu único filho.

Ela foi escolhida para ser a mãe de Deus e, como tal, dedicou toda a sua vida a essa missão singular. Sua virgindade é um símbolo de sua dedicação total ao mistério de Cristo.

Vejamos alguns Argumentos Práticos e Lógicos sobre o tema.

A Entrega de Maria a São João: Um ponto prático é que, se Maria tivesse outros filhos, seria natural que eles cuidassem dela após a morte de Jesus.

No entanto, no Evangelho de João Capítulo 19, versículos 26 e 27, Jesus entrega sua mãe ao cuidado do discípulo amado, João.

Isso indica que Maria não tinha outros filhos que pudessem cuidar dela, reforçando a ideia de que Jesus era seu único filho.

Avaliemos a Omissão de Outros Filhos na Crucificação e Ressurreição: Durante a crucificação e nas primeiras aparições após a ressurreição, não há menção de outros "filhos" de Maria.

Esse silêncio é interpretado como mais um indício de que ela não teve outros filhos, pois, se tivesse, esses "irmãos" teriam provavelmente sido mencionados em contextos familiares.

Resumindo o que vimos até aqui, podemos concluir reafirmando que a Igreja Católica acredita e ensina que Maria teve apenas um filho, Jesus, e que ela manteve sua virgindade por toda a vida.

Essa crença é fundamentada não apenas em tradições antigas e interpretações teológicas, mas também em uma leitura cuidadosa e contextualizada das Escrituras.

A virgindade perpétua de Maria é um sinal de sua entrega total a Deus e de sua singularidade no plano da salvação.

Vamos avançar um pouco mais em nosso estudo, analisando todas as passagens da Bíblia onde aparece o termo “irmãos” de Jesus.

A questão dos "irmãos de Jesus" aparece em várias passagens dos Evangelhos e do Novo Testamento.

Essas referências têm sido motivo de debate entre diferentes tradições cristãs, pois, na visão da Igreja Católica, essas menções não contradizem a crença na virgindade perpétua de Maria.

Vamos ver agora as principais passagens bíblicas onde são mencionados "irmãos" de Jesus:

Mateus Capítulo 12, versículos 46 a 50

"Enquanto Jesus ainda falava às multidões, sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: 'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo.' Jesus respondeu: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' E, apontando para os seus discípulos, disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'"

Aqui, a palavra "irmãos" é usada, mas Jesus aproveita a oportunidade para ensinar sobre a família espiritual, baseada na vontade de Deus.

Marcos capítulo 3, versículos 31 a 35 (mesma passagem anterior, na versão de Marcos)

"Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos; ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo. Havia uma multidão sentada ao seu redor, e lhe disseram: 'Olha! Tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura.' Ele respondeu: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' E, olhando ao redor, para os que estavam sentados ao seu redor, disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'"

Assim como em Mateus, Jesus enfatiza a família espiritual. "Irmãos" é mencionado aqui, mas o termo é amplo e, na tradição judaica, significava parentes próximos, como primos.

Lucas capítulo 8, versículos 19 a 21 (mesma passagem anterior, na versão de Lucas)

"A mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam aproximar-se dele por causa da multidão. Alguém lhe disse: 'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem te ver.' Ele, porém, respondeu: 'Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.'"

Essa passagem de Lucas também fala dos "irmãos" de Jesus e enfatiza a dimensão espiritual da família.

Mateus Capítulo 13, versículos 55 e 56

"Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E todas as suas irmãs não estão conosco? De onde, pois, lhe vem tudo isto?"

Neste texto, os habitantes de Nazaré mencionam "irmãos" e "irmãs" de Jesus ao questionarem sua autoridade.

Marcos capítulo 6, versículo 3 (mesma passagem anterior, na versão de Marcos)

"Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós?"

Essa passagem é semelhante à de Mateus 13,55-56 e cita os nomes dos "irmãos" de Jesus. A interpretação católica tradicional argumenta que esses "irmãos" eram parentes próximos.

Mais para a frente vamos mostrar a real filiação desses personagens citados como irmãos de Jesus - Tiago, José, Judas e Simão.

João capítulo 2, versículo 12

"Depois disso, desceu a Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ali ficaram não muitos dias."

Aqui, João menciona que Jesus desceu a Cafarnaum com sua mãe e seus "irmãos".

Novamente aqui, a interpretação católica é de que a palavra "irmãos" se refere a parentes próximos.

João capítulo 7, versículos 3 a 5

"Então seus irmãos lhe disseram: 'Sai daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Pois ninguém que deseja ser conhecido age em oculto. Já que fazes estas coisas, mostra-te ao mundo!' Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele."

Nesta passagem, "irmãos" de Jesus são mencionados como não acreditando nele. A Igreja Católica interpreta que esses "irmãos" são primos ou parentes.

Atos dos Apóstolos capítulo 1, versículo 14

"Todos eles perseveravam unanimemente em oração, junto com algumas mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus."

Após a ascensão de Jesus, "os irmãos de Jesus" são mencionados como estando em oração com os apóstolos e Maria.

Primeira Carta de Paulo aos Coríntios capítulo 9, versículo 5

"Não temos o direito de levar conosco uma esposa crente, como fazem os outros apóstolos, os irmãos do Senhor e Cefas?"

Nesta carta, São Paulo menciona os "irmãos do Senhor" junto aos apóstolos. Mais uma vez, o termo "irmãos" é entendido de forma ampla.

Gálatas capítulo 1, versículo 19
"Não vi nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, irmão do Senhor."

Aqui, Paulo menciona "Tiago, irmão do Senhor". A tradição católica identifica este Tiago como um primo ou parente próximo de Jesus, não como um filho de Maria de Nazaré, mas de Maria esposa de Cléofas, como veremos logo adiante.

Recapitulando a Importante Consideração sobre o Termo "Irmãos" na Bíblia

Na cultura e na linguagem hebraica e aramaica do tempo de Jesus, não havia um termo específico para designar "primos".

Parentes próximos, como primos e parentes de graus variados, eram muitas vezes referidos como "irmãos".

Na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), o termo grego adelphos é usado para "irmãos", mas também abrange parentes próximos.

Vamos ver a confirmação dessa verdade, avaliando algumas passagens bíblicas:

Gênesis capítulo 13, versículo 8: Abraão chama Ló de "irmão", mas Ló era seu sobrinho.

Gênesis capítulo 29, versículo 15: Labão chama Jacó de "irmão", mas Jacó era seu sobrinho.

A Igreja Católica defende que essas passagens bíblicas devem ser compreendidas no contexto cultural e lingüístico, o que permite interpretar os "irmãos de Jesus" como parentes próximos e não filhos de Maria.

Assim, a Igreja sustenta a doutrina da virgindade perpétua de Maria, acreditando que ela teve apenas um filho, Jesus, e não outros filhos biológicos.

Com base nas informações fornecidas nas Escrituras e na interpretação da Igreja Católica, é possível entender a filiação provável dos chamados "irmãos de Jesus" mencionados nas passagens bíblicas.

A Igreja Católica, ao interpretar esses textos, conclui que os "irmãos" de Jesus não são filhos de Maria, mas sim parentes próximos de Jesus, como primos.

A seguir, explicaremos como a Igreja Católica chega a essa conclusão, especialmente ao analisar a identidade de alguns desses "irmãos".

Tiago e José

Em Mateus capítulo 13, versículo 55 e Marcos capítulo 6, versículo 3, os nomes de "Tiago" e "José" são mencionados como "irmãos de Jesus".

No entanto, esses dois personagens são identificados em outras partes dos Evangelhos como filhos de uma outra Maria, vejamos:

Em Mateus capítulo 27, versículo 56, quando descreve as mulheres que estavam presentes na crucificação, o evangelho menciona "Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu".

Aqui, temos uma Maria que é mãe de Tiago e José, mas que não é a Maria, mãe de Jesus. Essa Maria é muitas vezes identificada como "Maria, esposa de Cléofas" ou "Maria de Cléofas".

Em João capítulo 19, versículo 25, o evangelista diz que "Junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena."

De acordo com a tradição, Maria de Cléofas é identificada como a mãe de Tiago e José. Isso significa que Tiago e José são primos de Jesus, filhos de uma parente de Maria (sua irmã ou cunhada), e não seus irmãos biológicos.

Assim, concluímos que Tiago e José, chamados "irmãos de Jesus", são primos, filhos de Maria de Cléofas. A Igreja entende que essa Maria é uma parente próxima da Virgem Maria, em princípio, cunhada dela.

Simão e Judas

Os Evangelhos também mencionam "Simão" e "Judas" como "irmãos" de Jesus em Mateus capítulo 13, versículo 55 e Marcos capítulo 6, versículo 3.

Esses nomes são mais difíceis de rastrear diretamente nas Escrituras, mas há algumas indicações sobre suas identidades.

Em Lucas capítulo 6, versículos 15 e 16 e Atos dos Apóstolos capítulo 1, versículo 13, encontramos "Judas de Tiago" entre os apóstolos.

Ora, "Judas de Tiago" pode ser traduzido como "Judas, filho de Tiago" ou "Judas, irmão de Tiago".

Há uma tradição que considera este Judas como "Judas Tadeu", o apóstolo, mas isso não significa que ele seja filho de Maria, mãe de Jesus.

A tradição da Igreja considera que Simão e Judas seriam ser parentes de Jesus, mas não seus irmãos de sangue.

Alguns estudiosos sugerem que eles poderiam ser filhos de um outro Tiago ou de parentes próximos de Maria e José.

Assim concluímos sobre Simão e Judas que tal como Tiago e José, Simão e Judas são considerados parentes de Jesus, primos ou parentes de um grau próximo.

Não há nenhuma evidência bíblica conclusiva de que eles seriam filhos de Maria.

Para fixar bem o conceito, vamos voltar a falar sobre o entendimento da Terminologia Bíblica para "Irmãos" e "Irmãs"

Como já falei antes, nas línguas semíticas (hebraico e aramaico), o termo "irmão" (ach em hebraico) era usado de forma abrangente, aplicando-se a primos, sobrinhos, parentes próximos, e não apenas a irmãos biológicos.

No grego do Novo Testamento, o termo adelphos também tem esse sentido mais amplo, de "parente próximo".

Assim, a Igreja Católica argumenta que quando os Evangelhos mencionam "irmãos" de Jesus, não estão se referindo a irmãos biológicos, mas sim a parentes próximos, possivelmente primos.

A crença na virgindade perpétua de Maria é uma tradição antiga e sustentada pela Igreja desde os primeiros séculos.

Esse ensinamento foi reafirmado pelos Concílios e pelos Padres da Igreja. Eles interpretaram essas passagens bíblicas à luz da doutrina da fé e da terminologia cultural e lingüística da época.

A Igreja considera que Maria foi virgem antes, durante e após o nascimento de Jesus, e que Jesus foi seu único filho.

Essa interpretação é reforçada pelo fato de que, na cruz, Jesus entrega sua mãe Maria ao apóstolo João (cf. João 19,26-27).

Se Maria tivesse outros filhos biológicos, essa atitude seria incomum, pois seria esperado que um dos outros filhos cuidasse dela. Este gesto é visto pela Igreja como uma forte evidência de que Jesus era, de fato, o único filho de Maria.

Resumindo o que vimos aqui sobre a Filiação dos "Irmãos" de Jesus, podemos concluir que Tiago e José eram provavelmente primos de Jesus, filhos de Maria de Cléofas, que é uma parente próxima da Virgem Maria.

Simão e Judas eram outros parentes próximos (como primos), mas não há nenhuma evidência de que sejam filhos de Maria.

Maria de Cléofas é identificada como mãe de Tiago e José e como uma parente de Maria, a mãe de Jesus.

Essas considerações são amplamente aceitas na teologia católica e contribuem para sustentar a doutrina da virgindade perpétua de Maria.

Volto a afirmar que a Igreja Católica ensina que Maria foi mãe apenas de Jesus, enquanto os chamados "irmãos de Jesus" devem ser entendidos como parentes próximos, de acordo com a terminologia e cultura da época.

Para não dizer que meu trabalho se baseia apenas na doutrina da Igreja Católica, que, para mim, é a que sigo, acredito, respeito e assumo como verdade, também fui em busca de outros estudos acadêmicos e teológicos.

Esses estudos consideram a possibilidade de que Jesus poderia ter tido irmãos biológicos, e alguns acadêmicos argumentam isso a partir de uma análise literal das passagens do Novo Testamento, sem se ater às características lingüísticas da época e das regiões onde foram escritas essas passagens.

Esses estudos vêm de fontes acadêmicas não necessariamente ligadas a uma tradição religiosa específica e são realizados por estudiosos de diferentes áreas, incluindo especialistas em estudos bíblicos, história do cristianismo e línguas antigas.

Vale ressaltar, porém, que esses estudos não são unânimes, e há muita discussão entre os estudiosos sobre o significado exato de "irmãos" no contexto do Novo Testamento.

Aqui estão alguns exemplos de abordagens e estudos sobre o assunto:

Vejamos a abordagem sob a Análise Histórica e Lingüística

Alguns estudiosos argumentam que os termos usados para "irmãos" (grego: adelpho) nos Evangelhos, como em Marcos 6,3 e Mateus 13,55, referem-se literalmente a irmãos biológicos.

Estes estudiosos apontam que, no contexto grego, a palavra adelphos normalmente se refere a irmãos de sangue.

Um exemplo desses estudos pode ser encontrado em obras de acadêmicos que adotam uma abordagem histórica-crítica, como Bart D. Ehrman, um renomado estudioso do Novo Testamento.

Ele argumenta em alguns de seus livros que Jesus poderia ter tido irmãos biológicos, mas não pode afirmar que isso seja verdade, considerando a interpretação literal como uma possibilidade, especialmente considerando o contexto da época e o grego do Novo Testamento.

Quando partimos para um Estudo de Contexto Cultural, vemos que estudiosos que analisam a estrutura familiar no antigo Oriente Médio também observam que era comum que as famílias fossem extensas e que houvesse muitos laços de parentesco próximos.

Para esses estudiosos, mesmo que os "irmãos" de Jesus fossem primos ou parentes próximos, a compreensão cultural e lingüística da época não é suficiente para admitir a possibilidade de irmãos biológicos.

Em algumas tradições cristãs orientais, como o Cristianismo Ortodoxo, acredita-se que José, o esposo de Maria, era um viúvo mais velho que tinha filhos de um casamento anterior.

Vários estudiosos examinaram essa tradição e argumentaram que esses filhos de José poderiam ser chamados de "irmãos" de Jesus no Novo Testamento.

Embora essa ideia não seja comum no cristianismo ocidental, é uma interpretação que ocorre em algumas fontes ortodoxas.

Vejamos o tema sob a Perspectiva Protestante e Evangélica.

Em algumas tradições protestantes, não há a mesma doutrina da virgindade perpétua de Maria, o que permite uma interpretação mais literal das passagens sobre os "irmãos" de Jesus.

Muitos teólogos protestantes interpretam os "irmãos" de Jesus como irmãos de sangue, nascidos de Maria e José após o nascimento de Jesus.

Para eles, as passagens de Mateus 1,25 ("e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho") literalmente indicam que José e Maria teriam tido uma vida conjugal normal após o nascimento de Jesus, o que abriria a possibilidade de outros filhos.

Estudos feitos por teólogos protestantes, como James D. G. Dunn, um influente estudioso do Novo Testamento, consideram a interpretação literal das passagens sobre os irmãos de Jesus como uma possibilidade válida.

Ele sugere que, embora a Igreja primitiva tenha desenvolvido tradições e crenças sobre a virgindade perpétua de Maria, as Escrituras podem ser interpretadas de forma mais literal e sugerem que Jesus tinha irmãos, mas ele afirma isso sem considerar o contexto histórico e lingüístico do uso das palavras “ach” em hebraico e “adelpho” em grego.

Sob a Ótica de Estudos Arqueológicos e Textuais, alguns acadêmicos apontam para estudos de textos e documentos históricos que indicam que, nos primeiros séculos do cristianismo, não havia uma crença generalizada e unificada na virgindade perpétua de Maria.

Na verdade, essa doutrina foi estabelecida ao longo dos séculos e formalizada em tempos posteriores.

No entanto, esses mesmos textos não trazem evidências conclusivas sobre a existência de irmãos biológicos de Jesus, apenas que a crença na virgindade perpétua de Maria foi sendo consolidada gradualmente.

Alguns estudiosos, como John P. Meier, um acadêmico católico e autor da série A Marginal Jew, examinam a figura histórica de Jesus e discutem a questão dos "irmãos" de Jesus.

Meier, embora católico, reconhece que há argumentos razoáveis para interpretar os "irmãos" como irmãos biológicos, embora ele também aponte que a questão permanece aberta e que, do ponto de vista teológico, essa interpretação não é incompatível com a fé.

Como vemos até aqui, é muito importante ver que a Interpretação Acadêmica Não é Conclusiva, de maneira alguma.

Embora alguns estudos acadêmicos e teológicos apontem para a possibilidade de que Jesus tivesse irmãos biológicos, é importante lembrar que:

Sob o aspecto da terminologia e do contexto cultural, a interpretação do termo "irmãos" no contexto do Novo Testamento é complexa e tem significados amplos, como "primos" ou "parentes próximos". Isso deixa a questão totalmente em aberto.

As fontes não são unânimes e a maioria dos estudos acadêmicos reconhece que a questão permanece inconclusiva, e a interpretação depende muito do enfoque teológico, cultural e lingüístico.

Na tradição da Igreja Católica, a Igreja Católica mantém a interpretação tradicional de que Maria teve apenas Jesus como filho, com base na doutrina da virgindade perpétua.

Esta crença é apoiada pela interpretação dos Padres da Igreja e pela tradição litúrgica.

Portanto, embora existam estudos não ligados à Igreja Católica que possam sugerir a possibilidade de irmãos biológicos, esses estudos não são conclusivos e não negam a possibilidade de que "irmãos" no Novo Testamento possa ter um sentido mais amplo.

Esta é uma questão que continua sendo debatida e que depende muito da interpretação cultural e teológica.

Como católico fiel, praticante e estudioso da Palavra de Deus nas Sagradas Escrituras, da Sagrada Tradição Apostólica e do Magistério da Igreja, eu creio firmemente no que prega a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana em seus Dogmas de Fé.

Como vimos neste estudo, nem na Igreja Católica e nem fora dela, não existe nenhuma prova cabal e decisiva de que os personagens citados na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, seriam irmãos biológicos de Jesus e filhos da Virgem Maria.

Espero ter ajudado a compreender esse assunto e que tenha trazido alguma clareza à sua crença e eu creio e afirmo que Jesus é o Filho Único de Deus, o Filho único da Imaculada Sempre Virgem Maria de Nazaré.

Por intercessão da Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus e Nossa, que Deus nos abençoe, nos guarde e nos conduza à vida eterna.

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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