sábado, 27 de julho de 2013

Evangelho do Dia - LITURGIA DE DOMINGO

LITURGIA DE 28.07.2013 - 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Senhor, ensina-nos a orar...


PRIMEIRA LEITURA (Gênesis 18,20-32): - "Desculpai, se ouso ainda falar ao Senhor: pode ser que só se encontre vinte. Em atenção aos vinte, não a destruirei."

SALMO RESPONSORIAL (Sl 137 / 138): - "Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!"

SEGUNDA LEITURA (Colossenses 2,12-14): - "Sepultados com ele no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos."

EVANGELHO (Lucas 11,1-13): - "Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá."

Para melhor compreensão das leituras deste domingo, vejam as pistas de reflexão abaixo e visitem as páginas abaixo indicadas:


ALGUMAS PISTAS PARA REFLEXÃO:

Orar e pedir: Certos cristãos, julgando-se esclarecidos, acham as orações de nosso povo muito egoístas, porque são quase sempre orações de pedido. Ora, as leituras de hoje sublinham a importância da petição. Abraão, com seus incansáveis pedidos, quase salvou as cidades de Sodoma e Gomorra – que, infelizmente, eram ruins demais. Jesus, por seu lado, ensina aos discípulos o pai-nosso, essencialmente uma oração de petição: pede a princípio que Deus reine, e, uma vez que rezamos em harmonia com o desejo de Deus, podemos pedir o que precisamos para nossa vida. Na parábola do homem que incomoda seu vizinho, Jesus parece ensinar-nos a vencer Deus pelo cansaço! No fundo, Deus gosta de dar-nos suas dádivas boas, especialmente seu Espírito, pois mesmo nós – que somos ruins – gostamos de dar coisas boas aos filhos.

A oração de petição não é uma forma de oração inferior, mais egoísta do que a meditação, a louvação, o agradecimento, a adoração… Na verdade, agradecer é a outra face do pedir. Quem agradece, gostou. Por que não pedir então? É reconhecer a bondade do doador! Como aquele frei que, depois de lauto almoço na casa de uma benfeitora, testemunhou sua gratidão com estas palavras: “Senhora, não sei como agradecer… Será que poderia repetir aquela gostosa sobremesa?”.

Conforme o espírito do pai-nosso, devemos pedir, antes de tudo, a realização daquilo que Deus deseja: seu reino, sua vontade. Ora, uma vez assentada essa base, pode-se pedir – com toda a simplicidade – o pão de cada dia, saúde, vida e todos os demais dons que Deus nos prepara. Também o perdão de nossas faltas. Só não se deve pedir a Deus o que ele não pode desejar: a satisfação de nosso egoísmo. E sempre se deve lembrar que Deus sabe melhor do que nós o que nos convém. Podemos insistir naquilo que achamos sinceramente nosso bem… Mas Deus sabe melhor.

É importante pedirmos. Compromete! Depois de ter pedido, a gente já não pode dizer: “Não pedi!”. Comprometemo-nos com Deus e com o que pedimos. Não é como no supermercado, onde você entra, olha e sai sem comprar. É, antes, como no armazém da esquina, onde você pede o que deseja e, caso houver, você compra. Assim, as preces dos fiéis, na celebração da comunidade, devem ter sentido de compromisso: devemos desejar que elas se realizem, e ao mesmo tempo nos oferecer a Deus para colaborar na realização daquilo que pedimos. Pedir é comprometer-se. Se pedimos a Deus saúde, não é para gozar egoisticamente a vida, mas para servir melhor. Se pedimos paz, não é para sermos deixados em paz, mas para nos dedicar à comunhão fraterna. Se pedimos por nossos irmãos e nossas irmãs mais pobres, é porque queremos ajudá-los efetivamente. Importa saber como pedimos (cf. Tg 4,3).

Fonte Revista Vida Pastoral da Paulus - Roteiros Homiléticos
http://vidapastoral.com.br/roteiros/28-de-julho-17o-domingo-do-tempo-comum

Dermeval Neves

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