domingo, 22 de dezembro de 2013

PISTAS PARA REFLEXÃO SOBRE A LITURGIA DE 22.12.2013

4º Domingo do Advento - ANO A - 22/12/2013

EM JESUS, DEUS REALIZA SUAS PROMESSAS
JESUS, FILHO DE MARIA, DEUS CONOSCO

1ª Leitura Isaías 7,10-14
A Virgem conceberá e dará à luz um filho. Esta profecia realizou-se em Maria. A Igreja sempre professou a Virgindade real e perpétua de Maria. O nascimento de Cristo não diminuiu, antes consagrou a Virgindade da sua Mãe (LG 57).

Salmo 23/24
Neste salmo celebramos já o Messias cujo nascimento vamos comemorar. Para celebrar o Natal precisamos de ter um coração puro e mãos inocentes.

2ª Leitura Romanos 1,1-7
S. Paulo, ao apresentar Jesus Cristo e a sua obra, sintetiza o plano salvador de Deus. Afirma que Jesus, Filho de Deus, tinha sido «prometido pelos profetas nas sagradas Escrituras».

Evangelho Mateus 1,18-24
O Evangelho conduz-nos de novo a Maria, ás circunstâncias que ela viveu nos dias que precederam o nascimento do Senhor. Saudemos Aquele que ela trouxe no seu seio.


Sugestão de páginas para estudo e compreensão de Liturgias Diárias e Dominicais:

Evangelho do Dia:   http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm
Roteiro Homilético:  http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_roteiro.htm 
Homilias e Sermões com Comentário Exegético:
                                   http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0176.htm
Vídeo YouTube:        http://youtu.be/8InGa3ystmQ

MISSA ONLINE (disponível no domingo de 00h00 às 23h00):                                                                                        http://www.npdbrasil.net.br/tvNPD.htm


PISTAS PARA REFLEXÃO

– O EMANUEL: DEUS CONOSCO

1) A liturgia celebra o mistério de Jesus distribuindo-o ao longo do ano litúrgico para que a Igreja possa celebrar esses momentos fortes de sua fé em consonância com a própria dinâmica da vida. Mas não podemos esquecer que a encarnação, morte e ressurreição de Jesus são partes de um mesmo mistério. Natal e Páscoa mutuamente se iluminam. O Filho de Deus entrou no mundo, tocou o ser humano naquilo que tem de mais íntimo: sua orientação fundamental para Aquele que o criou.

2) Como homem, viveu sua humanidade na radicalidade do amor a Deus, o Pai. Na vivência desse amor, foi perseguido e entregou sua vida por amor. Tal entrega total da vida que culminou na morte, teve uma resposta definitiva de Deus: a ressurreição. Dessa forma, Cristo abriu o caminho da salvação, da vida plena. Com sua ressurreição, cada ser humano é vivificado por Cristo. Então, somente o Natal não basta, é necessário compreender e valorizar a Páscoa.

Dermeval Neves

Fonte de Pistas para Reflexão e dos Comentários das Leituras:

Roteiro Homilético da Revista Pastoral da Paulus: http://vidapastoral.com.br/roteiros

domingo, 1 de dezembro de 2013

CONCÍLIO VATICANO II - PERFECTAE CARITATIS

Caríssimos,

Complementando a série de artigos publicados, trago aqui uma explanação do documento:

PERFECTAE CARITATIS (Sobre a vida consagrada)

Inúmeras são as formas de vida consagrada na Igreja, mas todas se caracterizam por viverem mais intensamente os conselhos evangélicos, através de um voto público, um compromisso concreto. O grau de seguimento e cumprimento destes conselhos evangélicos varia de instituto para instituto, mas basicamente concretizam-se na profissão dos votos de pobreza, obediência e castidade.

Os religiosos, que podem ser leigos ou clérigos, revelam o rosto e o amor de Deus no seu dia a dia, nas suas variadas atividades, na sua oração e no seu testemunho de vida. O Vaticano II reconhece a riqueza deste modo de vida e o seu papel fundamental na difusão da mensagem cristã no mundo e na construção do Reino (cf. PC, n. 25).

Através do decreto conciliar, procura animar e renovar os institutos e as suas ações apostólicas a fim de darem uma resposta sempre mais adequada às exigências de cada tempo e lugar.

Antes do início do Concílio, enviaram a Roma 559 propostas sobre o tema da vida consagrada. Uma comissão preparatória se encarregou de as selecionar e de redigir um texto inicial. Dos 202 parágrafos, restaram apenas 53, longamente discutidos em assembleia, com cerca de 14 mil sugestões. O texto final apresenta 25 parágrafos e foi aprovado a 28 de outubro de 1965, com 2321 votos a favor e 4 contra.

Falamos da necessidade de renovação da vida religiosa, que em muitos aspectos estava obsoleta e distante das reais necessidades do povo. No "proêmio" encontramos os motivos desta urgente renovação: "Quanto mais fervorosamente se unirem, portanto, a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado" (PC, n. 1).

Afirma que todos os consagrados, nas diversas formas e presentes ao longo de toda a história do Cristianismo, são movidos pelo Espírito Santo e devem ser testemunhas de Cristo e do seu Evangelho.

O “Proêmio” apresenta os motivos dessa urgente renovação: “Quanto mais fervorosamente se unirem, portanto, a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado (PC, n. 1). Afirma que todos os consagrados, nas diversas formas e presentes ao longo de toda história do Cristianismo, são movidos pelo Espírito Santo e devem ser testemunhas de Cristo e do seu Evangelho.

Logo a após o “Proêmio”, o documento entra no tema da renovação, apresentando os seus princípos (n. 2), os critérios (n. 3) e os agentes n. 4). Destacam-se as orientações para se voltar às origens da vida cristã e à genuína inspiração dos fundadores e institutos, porém, sempre adaptando-se às novas condições dos tempos. Popularizou- -se a expressão “fidelidade criativa”, que significa exatamente a inculturação e atualização, mas sem desvirtuar o espírito dos fundadores e o sentido de ser da vida consagrada: seguir mais de perto Jesus Cristo. O Concílio exorta também os religiosos a serem fiéis à sua missão específica, dando sentido à causa pela qual nasceram, pois cada instituto religioso surge para responder a uma necessidade específica da Igreja e do povo. Surgem para atender a uma carência e ser presença de Cristo naquela realidade específica: educação, auxílio aos doentes, comunicação social etc.

Após exortar os religiosos a serem fiéis à sua missão específica, vamos encontrar no número 5 do documento o elemento comum de todas as formas da vida religiosa: “Renunciando ao mundo, viverem exclusivamente para Deus”. Para tal é preciso saber conciliar a contemplação com o amor apostólico, dando primazia à vida espiritual (n. 6). Já os números 7-11 recordam a especificidade de cada modo de viver a consagração: vida apostólica, vida conventual, vida laical, institutos seculares.


Também os votos feitos pelos religiosos é tema abordado pelo Concílio. Diante da sociedade contemporânea, que difunde e exalta uma série de contravalores, a vivência dos conselhos evangélicos através dos votos públicos assume um desafio ainda maior e por isso mais louvável. Os que assumem a vida religiosa devem ser animados e reconhecidos como exemplo de vida.


O parágrafo 12 do documento que estamos refletindo tratará da castidade. Segundo o Concílio, viver a castidade significa viver a sexualidade segundo os princípios da fé e é uma virtude exigida de todos os batizados. Para os religiosos, a castidade, através do celibato, visa ter um coração indiviso para Deus e viver intensamente o amor fraterno e a caridade. Não se trata, pois, de uma negação da sexualidade e do casamento, mas a procura de uma doação total a Deus e à missão.

parágrafo 13 do documento aborda o tema da pobreza. Por pobreza o Concílio entende a renúncia dos bens materiais em favor de uma vida onde tudo esteja em comum, a exemplo das primeiras comunidades cristãs (cf. At 2, 42-47). Em seguida, isto é, no número 14, temos a obediência, sinal de humildade, prontidão e total dedicação ao Evangelho.

Logo após abordar o tema dos votos feitos pelos religiosos, o documento apresenta uma série de orientações práticas referentes à vida em comum (n. 15), à clausura (n. 16), ao hábito religioso (n. 17), à formação (n. 18), à fundação de novos institutos (n. 19), às obras apostólicas (n. 20), aos institutos decadentes (n. 21), às uniões de institutos (n. 22), às conferências de religiosos (n. 23) e às vocações (n. 24).

No entanto, muitos desafios são lançados hoje à vida consagrada, a instantaneidade, a negação dos princípios cristãos e da Igreja enquanto instituição. É neste contexto que a consagração recebe mais destaque e exige maior força, para que seu testemunho seja mais eficaz e frutífero.

O testemunho de vida e de ação apostólica é o melhor convite a abraçar e a respeitar a vida religiosa, por isso todos os consagrados são convocados a trabalhar com empenho para a edificação e o crescimento do Corpo Místico de Cristo e o bem da Igreja (cf. Christus Dominus, n. 33).

Fonte:
Folheto Litúrgico Dominical O Pulsandinho
Pulsando litÚrgico
Diocese de Apucarana - PR
Responsáveis:
Comentários e orações: Pe. Edson Zamiro da Silva
Cantos: Maestro Adenor Leonardo Terra
Diaconais: Diácono Durvalino Bertasso
Diagramação: José Luiz Mendes
Impressão: Gráfica Diocesana
Sugestões e Informações:


(43) 3468-1184 edson.zamiro@hotmail.com

PISTAS PARA REFLEXÃO SOBRE A LITURGIA DE 01.12.2013

1º Domingo do Advento - ANO A - 01/12/2013

A SALVAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA


1ª Leitura Isaías 2,1-5
Isaías profetiza acerca do Dia do Senhor. A pesar dos pecados do Seu Povo e da infeliz situação em que Judá se encontra, o profeta vislumbra um horizonte de esperança pela restauração que vai operar a vinda messiânica e escatológica. Nela está sublinhado lugar central e universal de Sião, «o monte do Senhor», isto é, Jerusalém, figura da Igreja.

Salmo 121/122
Na cidade santa de Jerusalém encontravam os hebreus o resumo das promessas de salvação do Senhor. Por isso, ao dirigirem-se para lá, cantavam o salmo 121, exprimindo a sua alegria por caminharem ao encontro da salvação prometida.

2ª Leitura Romanos 13, 11-14
S. Paulo exorta os fieis de Roma a prestar atenção ao tempo de salvação em que vivemos. Estamos em tempo de prova, perante a última oportunidade que o Senhor nos oferece para nos salvarmos. Esta verdade de fé impõe-nos uma conduta de vigilância e generosidade.

Evangelho Mateus 24, 37-44
Nesta caminhada de salvação, contamos principalmente com a misericórdia do Senhor para a alcançarmos. Com a certeza de que o Senhor nunca falta às Suas promessas, aclamemos com alegria o Evangelho da salvação.


Sugestão de páginas para estudo e compreensão de Liturgias Diárias e Dominicais:

Evangelho do Dia:   http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm
Roteiro Homilético:  http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_roteiro.htm
Homilias e Sermões com Comentário Exegético:
                                   
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0175.htm
Vídeo YouTube:        http://youtu.be/MNDe53Tr11s

MISSA ONLINE (disponível no domingo de 00h00 às 23h00):                                                                                        http://www.npdbrasil.net.br/tvNPD.htm


PISTAS PARA REFLEXÃO

– VINDE SENHOR JESUS!

1) A vigilância: Lucas o explica em termos menos apocalípticos: Acautelai-vos por vós mesmos para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado pela devassidão, pela embriaguez, pelas preocupações da vida e não se abata sobre vós repentinamente aquele dia (21, 34). Por isso é necessário a vigilância e a oração (idem 36).

2) O que foi dito sobre um ato do passado, e em termos de coletividade, devemos repeti-lo sobre fatos futuros e individuais. Sabemos que a nossa Parusia particular é o dia da morte. Diante dessa certeza temos que recorrer à única preparação possível: Vigilância e oração, como temos visto em Lucas ou Paulo em Gl 5, 19-21.

3) Toda religião que promete um tempo imediato de parusia é falsa. Porque a parusia já está atuando desde a ruína do templo. Haverá momentos em que essa parusia (presença) se manifesta mais claramente como na queda do muro de Berlim, para citar um exemplo moderno. Mas Jesus está sempre presente e atuando na história. Assim como os judeus acreditavam na presença de Jahvé no templo, porque ele se manifestou no deserto, também temos o direito de ver Jesus na história, máxime quando sua presença é real na Eucaristia e ele a promete profeticamente: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século (Mt 28,20).

4) Talvez seja esta a página mais sombria de um evangelho que se transmite como boa nova. Mas devemos pensar que as tintas negras são para um povo que, vendo, em primeira mão, a luz, não quis enxergar, e ouvindo diretamente as palavras da salvação, se obstinou em não escutá-las (Lc 8, 10). Por isso, a nossa oração deve ser como a do cego de Jericó: Senhor, que eu veja!(Mc 10,51)

5) O esclarecimento sobre a identidade do cristianismo foi sempre uma preocupação desde os mais remotos tempos da era cristã. A Carta a Diogneto, escrita no século II d.C. por um autor desconhecido, assim descreve a vida cristã:

6) Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal (Carta a Diogneto 5,1-4).

7) A liturgia hoje dá um enfoque especial ao testemunho de vida como elemento essencial da identidade cristã e esclarece sobre grupos que se apegam a aspectos superficiais distraindo as consciências da verdadeira vocação do cristão.

Dermeval Neves

Fonte de Pistas para Reflexão e dos Comentários das Leituras:

Roteiro Homilético da Revista Pastoral da Paulus: http://vidapastoral.com.br/roteiros