domingo, 1 de dezembro de 2013

CONCÍLIO VATICANO II - PERFECTAE CARITATIS

Caríssimos,

Complementando a série de artigos publicados, trago aqui uma explanação do documento:

PERFECTAE CARITATIS (Sobre a vida consagrada)

Inúmeras são as formas de vida consagrada na Igreja, mas todas se caracterizam por viverem mais intensamente os conselhos evangélicos, através de um voto público, um compromisso concreto. O grau de seguimento e cumprimento destes conselhos evangélicos varia de instituto para instituto, mas basicamente concretizam-se na profissão dos votos de pobreza, obediência e castidade.

Os religiosos, que podem ser leigos ou clérigos, revelam o rosto e o amor de Deus no seu dia a dia, nas suas variadas atividades, na sua oração e no seu testemunho de vida. O Vaticano II reconhece a riqueza deste modo de vida e o seu papel fundamental na difusão da mensagem cristã no mundo e na construção do Reino (cf. PC, n. 25).

Através do decreto conciliar, procura animar e renovar os institutos e as suas ações apostólicas a fim de darem uma resposta sempre mais adequada às exigências de cada tempo e lugar.

Antes do início do Concílio, enviaram a Roma 559 propostas sobre o tema da vida consagrada. Uma comissão preparatória se encarregou de as selecionar e de redigir um texto inicial. Dos 202 parágrafos, restaram apenas 53, longamente discutidos em assembleia, com cerca de 14 mil sugestões. O texto final apresenta 25 parágrafos e foi aprovado a 28 de outubro de 1965, com 2321 votos a favor e 4 contra.

Falamos da necessidade de renovação da vida religiosa, que em muitos aspectos estava obsoleta e distante das reais necessidades do povo. No "proêmio" encontramos os motivos desta urgente renovação: "Quanto mais fervorosamente se unirem, portanto, a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado" (PC, n. 1).

Afirma que todos os consagrados, nas diversas formas e presentes ao longo de toda a história do Cristianismo, são movidos pelo Espírito Santo e devem ser testemunhas de Cristo e do seu Evangelho.

O “Proêmio” apresenta os motivos dessa urgente renovação: “Quanto mais fervorosamente se unirem, portanto, a Cristo por uma doação que abraça a vida inteira, tanto mais rica será a sua vida para a Igreja e mais fecundo o seu apostolado (PC, n. 1). Afirma que todos os consagrados, nas diversas formas e presentes ao longo de toda história do Cristianismo, são movidos pelo Espírito Santo e devem ser testemunhas de Cristo e do seu Evangelho.

Logo a após o “Proêmio”, o documento entra no tema da renovação, apresentando os seus princípos (n. 2), os critérios (n. 3) e os agentes n. 4). Destacam-se as orientações para se voltar às origens da vida cristã e à genuína inspiração dos fundadores e institutos, porém, sempre adaptando-se às novas condições dos tempos. Popularizou- -se a expressão “fidelidade criativa”, que significa exatamente a inculturação e atualização, mas sem desvirtuar o espírito dos fundadores e o sentido de ser da vida consagrada: seguir mais de perto Jesus Cristo. O Concílio exorta também os religiosos a serem fiéis à sua missão específica, dando sentido à causa pela qual nasceram, pois cada instituto religioso surge para responder a uma necessidade específica da Igreja e do povo. Surgem para atender a uma carência e ser presença de Cristo naquela realidade específica: educação, auxílio aos doentes, comunicação social etc.

Após exortar os religiosos a serem fiéis à sua missão específica, vamos encontrar no número 5 do documento o elemento comum de todas as formas da vida religiosa: “Renunciando ao mundo, viverem exclusivamente para Deus”. Para tal é preciso saber conciliar a contemplação com o amor apostólico, dando primazia à vida espiritual (n. 6). Já os números 7-11 recordam a especificidade de cada modo de viver a consagração: vida apostólica, vida conventual, vida laical, institutos seculares.


Também os votos feitos pelos religiosos é tema abordado pelo Concílio. Diante da sociedade contemporânea, que difunde e exalta uma série de contravalores, a vivência dos conselhos evangélicos através dos votos públicos assume um desafio ainda maior e por isso mais louvável. Os que assumem a vida religiosa devem ser animados e reconhecidos como exemplo de vida.


O parágrafo 12 do documento que estamos refletindo tratará da castidade. Segundo o Concílio, viver a castidade significa viver a sexualidade segundo os princípios da fé e é uma virtude exigida de todos os batizados. Para os religiosos, a castidade, através do celibato, visa ter um coração indiviso para Deus e viver intensamente o amor fraterno e a caridade. Não se trata, pois, de uma negação da sexualidade e do casamento, mas a procura de uma doação total a Deus e à missão.

parágrafo 13 do documento aborda o tema da pobreza. Por pobreza o Concílio entende a renúncia dos bens materiais em favor de uma vida onde tudo esteja em comum, a exemplo das primeiras comunidades cristãs (cf. At 2, 42-47). Em seguida, isto é, no número 14, temos a obediência, sinal de humildade, prontidão e total dedicação ao Evangelho.

Logo após abordar o tema dos votos feitos pelos religiosos, o documento apresenta uma série de orientações práticas referentes à vida em comum (n. 15), à clausura (n. 16), ao hábito religioso (n. 17), à formação (n. 18), à fundação de novos institutos (n. 19), às obras apostólicas (n. 20), aos institutos decadentes (n. 21), às uniões de institutos (n. 22), às conferências de religiosos (n. 23) e às vocações (n. 24).

No entanto, muitos desafios são lançados hoje à vida consagrada, a instantaneidade, a negação dos princípios cristãos e da Igreja enquanto instituição. É neste contexto que a consagração recebe mais destaque e exige maior força, para que seu testemunho seja mais eficaz e frutífero.

O testemunho de vida e de ação apostólica é o melhor convite a abraçar e a respeitar a vida religiosa, por isso todos os consagrados são convocados a trabalhar com empenho para a edificação e o crescimento do Corpo Místico de Cristo e o bem da Igreja (cf. Christus Dominus, n. 33).

Fonte:
Folheto Litúrgico Dominical O Pulsandinho
Pulsando litÚrgico
Diocese de Apucarana - PR
Responsáveis:
Comentários e orações: Pe. Edson Zamiro da Silva
Cantos: Maestro Adenor Leonardo Terra
Diaconais: Diácono Durvalino Bertasso
Diagramação: José Luiz Mendes
Impressão: Gráfica Diocesana
Sugestões e Informações:


(43) 3468-1184 edson.zamiro@hotmail.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Ola, bom dia! Gostaria de saber se vocês sabem informar se essa foto da missa da missa de abertura do Vaticano tem direitos autorais. é a imagem que consta neste artigo da Veja:
http://veja.abril.com.br/historia/crise-dos-misseis/religiao-vaticano-concilio-joao-xxiii.shtml

Desde já, agradeço!

Dermeval Neves disse...

Sinceramente eu não sei... Esta foto tem mais de 50 anos e a copiei do Google Imagens... Não conheço a origem dela, quem foi o fotógrafo, mas pela Lei Internacional de Direitos Autorais após 50 anos qualquer obra cai em domínio público... Agradeço pela referência ao artigo da Veja, foi bom relê-lo... Abração...