domingo, 30 de junho de 2013

Ano da Fé. Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.

Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.


São quatro as notas com que o Credo define a nossa Igreja:

UNA: a unidade da Igreja corresponde à unidade de Deus e de cada Pessoa da Santíssima Trindade: um só Deus, um só Pai, um único Filho e um só Espírito divino, uma só Igreja;

SANTA: porque sua santidade vem de Deus, embora seu tecido seja feito de pessoas humanas, frágeis por natureza, mas purificadas pela natureza divina doada no Batismo. Paulo diz: "E a esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi doado" (Rm 5,5);

CATÓLICA: porque deve fazer-se presente no mundo inteiro, para anunciar o Evangelho do amor de Deus e batizar em vista da filiação adotiva: "Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo" (Mc 16,15-16);

APOSTÓLICA: porque seu fundamento é o testemunho dos Apóstolos, documentado pelos escritos do Novo Testamento, sobretudo nos Evangelhos, nos Atos e nas Epístolas. Aí nos mostram quem é o Cristo, o que ele disse, o que fez e o que espera de nós. Portanto, sem o fundamento apostólico, a Igreja não subsistiria. As duas colunas desse fundamento são Pedro e Paulo, que hoje festamos com tanto júbilo, festa que sempre teve um lugar especial na tradição cristã.

Fonte:
POVO DE DEUS EM SÃO PAULO - SEMANÁRIO LITÚRGICO -
Publicação da Mitra Arquidiocesana de São Paulo
Av. Higienópolis, 890 - São Paulo - SP - 01238-000Tel: 3660-3700

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Guerra dos Cristeros - México

Caríssimos Irmãos e Irmãs,

Que a Paz de Jesus e a Ternura de Maria estejam sempre com todos vocês, seus familiares e amigos!

Como faço toda noite de sexta-feira, estava atualizando no NPDBRASIL as páginas do Evangelho do Dia, Roteiro Homilético e Homilias e Sermões e durante minha pesquisa para escrever os comentários da liturgia deste domingo, quando celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo e também o Dia do Papa, encontrei um artigo super interessante e confesso que eu nunca havia ouvido falar do martírio sofrido pelo povo mexicano no início do século XX, tendo alguns deles sido beatificados pelo Papa Bento XVI e outros canonizados por João Paulo II.

O texto faz referência à um filme que relata os detalhes da guerra realizada pelos católicos mexicanos e a Igreja contra o governo mexicano para restabelecer a liberdade de culto religioso. Achei muito interessante, vou procurar o filme pra assistir, pois fiquei encantado com a força e garra daquele povo para que pudessem professar sua fé livremente no país, e recomendo a leitura completa da matéria.

Transcrevo abaixo, na íntegra o texto que encontrei no site Presbíteros, uma excelente referência para presbíteros, ministros, catequistas e líderes de movimentos em nossas paróquias.

A guerra dos Cristeros ou Cristiada


Autoria de Pe. Alexandre Antosz Filho.
Copiado da publicação original em http://www.presbiteros.com.br/site/a-guerra-dos-cristeros/


Imagem do filme “Cristiada” (Reprodução)

O filme mexicano Cristiada (For Greater Glory, 2012), dirigido por Dean Wright, com a presença de Andy Garcia e Peter O´Toole no elenco, comoveu o mundo católico. A perseguição à Igreja e a entrega da própria vida como prova de amor a Cristo apareceram como eventos próximos, não exclusivos aos primeiros anos dourados do cristianismo. A narração destes atos heroicos na tela do cinema, como é natural, exigem recortar ou adaptar uma história muito mais rica, que talvez ficará apenas entre as almas fiéis e Deus, que aceitaram o holocausto supremo do martírio. No entanto, o filme procura ser fiel à verdade dos acontecimentos, baseado no clássico livro do historiador francês Jean Meyer, e traçou muito bem as características, os personagens e eventos principais da Guerra dos Cristeros. Entre os personagens que aparecem no filme, destacam-se, entre outros, o beato José Sánchez del Río, martirizado com 14 anos e beatificado por Bento XVI, junto com Anacleto González Flores, Miguel Gómez Loza e os irmãos Vargas; os padres Cristóbal Magallanes e José María Robles, canonizados por João Paulo II. Curiosamente, não é fácil encontrar informações a respeito nos principais manuais de história da Igreja. Oferecemos, portanto, uma breve explicação desta história e do seu contexto político e social.
Em fins do século XIX e início do XX, a Igreja na América Latina, frente às agressões liberais das novas repúblicas, se viu na necessidade de se defender. Apesar que em muitos países a Igreja conseguiu assinar concordatos, a sua condição sempre foi instável, na dependência dos humores do soberano e da ideologia hegemônica. O México foi um local privilegiado de rebeliões camponesas de caráter religioso, devido às constantes perseguições que os católicos sofriam. Nos inícios do século XX aumentaram as conspirações e movimentos camponeses, contra as perseguições religiosas, que alcançaram o seu apogeu em 1926, ano no qual eclodiu a Guerra dos Cristeros (1926-1929).
A revolução liberal liderada pelo general Venustiano Carranza (1859-1920), presidente de 1916 a 1920, caracterizou-se pela intolerância com a Igreja: suas tropas multiplicaram os incêndios em templos, roubos, violações e assassinatos de sacerdotes e religiosos. A orientação anticristã do Estado se consolidou na Constituição de 1917, que estabelecia a educação laica obrigatória, proibia os votos e o estabelecimento de ordens religiosas, bem como todo ato de culto fora dos templos e casas particulares. Perpetuava a confiscação dos bens da Igreja e proibia a existência de colégios de inspiração religiosa, conventos, seminários e casas curiais.
O presidente Plutarco Elías Calles (1924-1928) aumentou ainda mais as restrições à Igreja, quando reformou o Código Penal e estabeleceu a Lei Calles de 1926. Com ela, expulsou os sacerdotes estrangeiros, sancionou com multas e prisões aqueles que se dedicavam ao ensino religioso, ou que se vestiam como clérigos ou religiosos, ou realizavam atos de culto fora dos templos. Tentou-se criar uma Igreja cismática mexicana, em torno ao um precário Patriarca Pérez, que morreu excomungado.
Diante desta situação insustentável, os bispos mexicanos, em uma enérgica carta pastoral de 25 de julho de 1926, manifestaram sua decisão de trabalhar para que os decretos e artigos da Constituição fossem reformados, encontrando grande intolerância por parte do governo de Calles. No dia 31 de julho, com previa consulta à Santa Sé, o episcopado ordenou a suspensão do culto público em toda a República. Imediatamente, uma dezena de bispos foi expulso bruscamente do país, entre eles o arcebispo de México. Entretanto, nem os partidários de Calles nem os bispos esperavam a forte reação do povo diante da suspensão do culto: foi o início de uma guerra civil que duraria mais de 3 anos.
Em agosto de 1926 foram assassinados três leigos e o pároco de Chalchihuites, na Província de Zacatecas, levantando-se o primeiro foco de movimento armado. Até dezembro deste ano se produziram 64 levantamentos espontâneos e isolados, a maior parte em Jalisco, Guanajuato, Guerrero, Michoacán e Zacatecas. Aos poucos, os rebeldes foram conseguindo armas dos próprios soldados de Calles, através de ataques de guerrilhas ou compras. Os camponeses entraram em luta para defender a Deus, sua religião, e sua mãe a Igreja, e utilizavam o grito “viva Cristo Rei, viva a Santíssima Virgem de Guadalupe, viva México”, que marcou todo o movimento. A consagração da república do México a Cristo Rei, e a coroação das imagens do Sagrado Coração de Jesus haviam sido feitas pela primeira vez no dia 6 de janeiro de 1914, em um soleníssimo ato na catedral, com a prévia autorização de Pio X (1903-1914). Desde então, estas aclamações estavam muito popularizadas. À frente destes movimentos se pôs a Liga Nacional Defensora de la Libertad Religiosa, fundada em março de 1925 e estendida a toda república em pouco tempo[A1] .
Por outro lado, havia um ativo anticlericalismo entre os oficiais militares, que levavam a incentivar suas tropas a combaterem aos gritos de “viva Satanás”. Foram eles que deram aos rebeldes, por burla, o nome de cristeros. Porém, havia grande indisciplina no exército, muitas deserções e pouco treinamento. A brutalidade com que lutavam alimentavam o desejo de vingança nas populações humildes. A guerra se fazia também na imprensa, e falava-se de uma campanha de “desfanatização”.
Em 18 de outubro de 1926 Pio XI recebeu uma comissão de bispos mexicanos, que lhe informaram da situação no país. Parece ser que os bispos foram incentivados pelo cardeal Pietro Gasparri (1852-1934), secretário de Estado, a apoiar a defesa armada. Um mês mais tarde o papa publicou a encíclica Iniquis afflictisque na qual denunciou os atropelos sofridos no México, e louvou a Liga Nacional Defensora de la Libertad Religiosa e o heroísmo dos católicos mexicanos. No dia 30 de novembro de 1926 os dirigentes da Liga Nacional dirigiram-se aos bispos Maximino Ruiz y Flores (1875-1949), auxiliar da Cidade do México, e Pascual Díaz y Barreto S.J. (1876-1936), de Tabasco, pedindo que não condenassem o movimento, que sustentassem a unidade de ação em um mesmo chefe e plano, formassem a consciência coletiva no sentido de que se tratava de uma ação meritória, de legítima defesa armada. Os dois prelados aprovaram quase todos os pontos.
No dia 15 de janeiro de 1927 o comitê episcopal, respondendo a umas declarações do governo, afirmava que o episcopado era alheio ao levantamento, mas que havia circunstâncias na vida dos povos às quais seria lícito aos cidadãos defenderem-se pelas armas os direitos legítimos que não puderam conseguir com os meios pacíficos, e repetiram-se outras declarações dos bispos sobre a legítima defesa. No dia 2 de outubro de 1927 o cardeal Gasparri, em umas declaração ao The New York Times, contava os horrores da perseguição sofrida no México e denunciava o silêncio das nações.
Entretanto, na medida em que passavam os meses as reticências das autoridades eclesiásticas foram aumentando, devido aos males que a violência estava causando. Vários bispos continuavam apoiando o movimento, e alguns permaneceram ocultos em suas dioceses para atender aos cristeros. Entretanto, não faltaram os bispos indecisos, ou aqueles que passaram a reprovar o movimento, como foi o caso de Ruiz y Flores e Pascual Díaz. Alguns chegaram a ameaçar de excomunhão os que se envolvessem nas lutas, o que gerou certa perplexidade nos combatentes. A falta de apoio por parte de alguns membros da hierarquia foi o maior sofrimento para os cristeros. Em meados de dezembro de 1927, d. Pietro Fumasoni Biondi (1872-1960), secretário da Congregação da Propaganda da Fé e delegado apostólico nos Estados Unidos, transmitiu a d. Díaz y Barreto, secretario do comitê episcopal, a disposição do papa segundo a qual os bispos deveriam se abster de apoiar a ação armada e permanecer fora de todo partido político.
Por outra parte, o desenrolar da guerra fez o governo perceber que dificilmente conseguiriam vencer. De fato, a meados de 1928, os cristeros contavam com uns 25 mil homens em armas, e não podiam ser vencidos. A grande vantagem dos rebeldes, porém, era que cada combatente estava convencido da sua causa e, portanto, tinham melhor moral e disciplina que as tropas federais, unificado agora pela Guarda Nacional, cujo comandante supremo era o general Enrique Goroztieta Velarde (1889-1929). Operando em pequenos grupos, golpeavam e fugiam, sofrendo menos baixas que os soldados do governo. Depois de três anos de guerra, calcula-se que morreram entre 25 a 30 mil cristeros, e 60 mil soldados federais. Os camponeses estavam dispostos a seguir lutando até conseguir o fim das perseguições à religião, era evidente que seria improvável pacificar o Estado antes que se solucionasse a questão religiosa. O governo, vendo-se em bancarrota, tinha urgência em terminar o conflito, e negociar o reconhecimento dos direitos da Igreja.
Depois que o novo presidente Emilio Portes Gil (1928-1930) manifestou boa vontade em solucionar os problemas com a Igreja, d. Ruiz y Flores e d. Díaz y Barreto foram levados dos Estados Unidos à Cidade do México pelo embaixador norteamericano, Dwight Whitney Morrow. Os prelados foram mantidos incomunicáveis em uma luxuosa residência onde só entraram sacerdotes estrangeiros ou outros embaixadores a fim de negociar a paz, que foi conhecida como os arreglos de 1929. Este acordo não cumpriu as normas escritas que Pio XI havia deixado, pois não tiveram em conta o juízo dos demais bispos, nem dos cristeros, nem da Liga Nacional. Com ele não conseguiram a derrogação das leis persecutórias da Igreja, menos ainda garantias escritas que protegessem os cristeros uma vez depostas as armas; somente umas palavras de conciliação e boa vontade por parte do presidente e umas vagas declarações escritas, nas quais comprometiam-se a reativar o culto e os serviços religiosos.
Diante das notícias dos arreglos de 1929, o general Goroztieta escreveu uma carta aos bispos mexicanos, dizendo que as notícias de negociações entre os bispos e o governo era, para eles, uma bofetada. Caso os bispos desaprovassem a atitude dos cristeros, eles tomariam tal atitude como indigna e traidora. Desejavam que fosse a Guarda Nacional quem deveria negociar com o governo. Esta era a genuína representação do povo, tinham direito a serem ouvidos pois eram parte constitutiva da Igreja católica de México, como afirmavam. No dia 2 de junho de 1929 o general Goroztieta foi assassinado em uma emboscada pelas tropas federais, e sucedeu-lhe à frente da Guarda Nacional o general Jesús Degollado Guízar (c.1890-1957).
O governo se aproveitou desta situação e anunciou que o clero se submeteria estritamente às leis. O chefe supremo da Guarda Nacional, general Degollado, dirigiu-se a todos os cristeros, afirmando haviam sido abandonados pelos bispos e que se dissolveriam. Mais chefes cristeros foram mortos depois dos arreglos que durante a guerra. Foi uma dura prova para a fé do povo que, no entanto, se mantiveram fiéis à Igreja com a ajuda dos mesmos sacerdotes que, durante a guerra, haviam assistido-lhes. Muitos dos cristeros entregaram as armas por obediência, por fidelidade à Igreja.
Quando se suspendera o culto em 31 de julho de 1926 a imensa maioria do clero, cerca de 3.500, se recolheu nas grandes cidades. Os sacerdotes que permaneceram no campo sabiam que corriam grave perigo, e dos 150 que permaneceram no campo, aproximadamente 50 deles foram executados. Em 22 de novembro de 1992 João Paulo II beatificou 22 destes sacerdotes. A maior parte deles pertenciam à arquidiocese de Guadalajara – dioceses de Jalisco, Zacatecas e Guanajuato – ou à diocese de Colima. Seus prelados, d. José Francisco Orozco y Jiménez (1864-1936), arcebispo de Guadalajara de 1912 a 1936, e d. José Amador Velasco y Peña (1856-1949), bispo de Colima de 1903 a 1949, permaneceram nos seus postos junto com seus sacerdotes.
Apesar que México vivia já quase um século de perseguição à educação religiosa, e a condição escolar era baixa entre os cristeros, estes demonstraram uma surpreendente cultura cristã. Sua fé era viva, possuíam um rico conhecimento da Bíblia e da doutrina católica, meditavam os mistérios do rosário que lhes imprimia um conhecimento vivo de Cristo, das suas dores, com às quais podiam se identificar. Possuíam uma firme e ortodoxa devoção à Nossa Senhora, a São José e aos santos. A sua grande confiança na Providência divina dava-lhes uma fidelidade inquebrantável à Igreja e uma coragem proverbial nos momentos do perigo. Nos acampamentos, sempre que fosse possível, assistiam à Missa, comungavam, e adoravam o Santíssimo Sacramento. Os sacerdotes que permaneceram com os cristeros passavam o tempo confessando, batizando, casando e organizando exercícios espirituais. Quando faltavam, um secular tomava a frente da direção da vida religiosa, rezando o ofício da Igreja, dirigindo o rosário ou cantos religiosos.
Os cristeros tinham uma ideia do conflito mais religiosa do que política. Por exemplo, para eles, o presidente Calles estava vendido à maçonaria internacional, representava o estrangeiroyanki e protestante, desejoso de destruir o catolicismo no país. Entendiam o dever moral de obedecer, porque toda autoridade procede de Deus, mas viam na perseguição do governo uma ação poderosa do maligno e estavam convencidos da sua oposição. Considerava-se que era Satanás, a besta do Apocalipse, estava fazendo a guerra aos santos, e muitas passagens escatológicas da Escritura os iluminavam. Assim, entre o povo, o conflito recebia uma interpretação mística, consideravam-se privilegiados por sofrer pela Igreja, possuíam uma profunda noção do martírio. A morte tranquila e alegre dos cristeros não deixava de impressionar os federais.
Os camponeses tinham a consciência de entrarem na grande aventura mística de dar o seu sangue pelo advento do Reino, consideravam a perseguição como prova de predileção, e viam a guerra como uma santa empresa contra a incredulidade, na qual o sangue do mártir era agradável a Deus. Os cristeros deram testemunho da sua fé e confirmaram a profundidade da evangelização realizada no México desde os inícios do século XVI.
Alguns livros de interesse sobre a Cristiada e seu contexto.
J. Meyer, La cristiada, I: “La guerra de los cristeros”, Siglo XXI, 199012 (1a ed. 1973); J. Meyer, La cristiada, II: “El conflicto entre la Iglesia y el estado 1926-1929”, Siglo XXI, 198911 (1a ed. 1973); J. Meyer, La cristiada, III: “Los cristeros”, Siglo XXI, 19899 (1a ed. 1974); V. Ceja Reyes,Los cristeros, crónica de los que perdieron, Grijabo, México 1981; L. López Beltrán, La persecución religiosa en México: Carranza, Obregón, Calles, Portes Gil, Tradición, México 1987; J. González Morfín, La guerra cristera y su licitud moral. Una perspectiva desde la teología sobre la licitud moral de la resistencia armada, Pontificia Universitas Sanctae Crucis, Roma 2004; A. Moctezuma, El conflicto religioso de 1926, II, Jus, México 1960; A. Ríus Facius, Méjico cristerio: historia de la ACJM, 1925 a 1931, Patria, México 1966; C.C. Zamora, Recuerdo y memoria de la cristiada: entrevistas históricas, Gobierno del Estado de Colima, Secretaría de Cultura – Asociación Colimense de Periodistas y Escritores, Colima 2005; A. Arias Urrutia, Cruzados de novela: las novelas de la guerra cristera, EUNSA, Pamplona 2002; M.A. Puente Lutteroth, Movimiento Cristero: una pluralidad desconocida, Progreso, México 2002; F.M. González, Matar y morir por Cristo Rey: aspectos de la Cristiada, Instituto de Investigaciones Sociales, UNAM – Plaza y Valdés, México 2001; J.A. Martínez, Los padres de la Guerra Cristera: estudio historiográfico, Universidad de Guanajuato, Guanajuato 2001.
Pe. Alexandre Antosz Filho.

[A1] Anacleto González Flores, conhecido como mestre Cleto, organizou a União Popular em Jalisco e impulsionou a Associação Católica da Juventude Mexicana, e foi um dos principais líderes cristeros deste primeiro período. Distinguiu-se como professor, orador e escritor católico, foi preso, tortura e executado com outros 3 companheiros.
http://salverainha.blogspot.com.br/
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sábado, 22 de junho de 2013

Ano da Fé: Creio no Espírito Santo

Ano da Fé: Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,/ que procede do Pai e do Filho,/ e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado,/ Ele, que falou pelos profetas.

O Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é apresentado com quatro categorias teológicas:

a) é o Doador da vida;
b) procede do Pai e do Filho;
c) tem a mesma igualdade substancial do Pai e do Filho;
d) é a inspiração que fala pelos profetas.

a) DOADOR DA VIDA:
Considerando que a vida é o movimento íntimo e profundo do ser, o Espírito Santo, que, conforme Agostinho, é o amor que une o Pai e o Filho, é quem nos dá acesso, por meio de Jesus, à intimidade de Deus Pai, onde encontramos a plenitude da vida;

b) PROCEDE DO PAI E DO FILHO:
É o Espírito do Pai e o Espírito do Filho, ao mesmo tempo. Por isso, sua procedência vem do Pai e do Filho;

c) TEM A MESMA IGUALDADE SUBSTANCIAL DO PAI E DO FILHO:
Pois com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Embora a terceira Pessoa da Santíssima Trindade não seja objeto de culto, pois sua única pretensão é levar a humanidade a conhecer, amar e se entregar a Jesus, para que, por meio dele, chegue à adoração e culto pleno ao Pai, quando adoramos o Pai e o Filho, o Espírito Santo é igualmente adorado;

d) É A INSPIRAÇÃO QUE FALA PELOS PROFETAS:
Nesta perspectiva se encaixa toda a Bíblia, cuja missão e apontar o Messias anunciado no Antigo Testamento e apresentado no Novo Testamento na pessoa de Jesus. O Espírito é, portanto, a inspiração dos profetas do passado, do presente e do futuro.

Fonte:
POVO DE DEUS EM SÃO PAULO - SEMANÁRIO LITÚRGICO -
Publicação da Mitra Arquidiocesana de São Paulo
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terça-feira, 18 de junho de 2013

Porque o Socialismo não funciona...


Recebi este texto por e-mail e resolvi publicar aqui, por sua importância neste momento...

Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".

Depois de calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa...

O professor explicou: "o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela e o Brasil e Argentina, que estão chegando lá...”


1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;

2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;

3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;

4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;

5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

COISAS DO PAPA FRANCISCO

Irmãos e Irmãs,
Recebi esta mensagem e não sei se é verdadeira ou não, mas achei tão interessante que resolvi postar aqui.
Abração a todos!
Dermeval Neves

Uma das últimas cadeiras da igreja é ocupada pelo Papa. É o que se vê na foto.  Ele está a celebrar uma cerimônia muito peculiar: os convidados são os jardineiros e o pessoal de limpeza do Vaticano.

Num momento da celebração o Papa pede a todos que orem em silêncio, cada um pelo que o seu coração deseja.  Nesse instante, ele levanta-se da sua cadeira presidencial que está na frente e vai sentar-se numa das últimas cadeiras para fazer a sua  própria oração. Dá a impressão de que este chefe preferiu que todos se centrem em ver de frente a verdadeira razão da sua existência, esse Cristo crucificado que está ali presente e não em que o vejam a ele, o seu chefe, que não é mais que um homem que falhou e continuará a falhar, e a quem hoje todos chamamos o Papa Francisco.

A famosa diferença entre chefe e líder é absoluta nesta foto. O chefe sempre se emproa, pondo-se à frente para que todos o vejam e lhe obedeçam, enquanto que o líder sabe quando se deve sentar atrás, não incomoda, acompanha, facilita o caminho para que os outros consigam os seus propósitos; o líder é capaz de desaparecer no momento oportuno, para que os seus companheiros cresçam e se centrem no que é verdadeiramente importante.  O líder não teme perder o seu lugar, porque sabe que, muito para além do “seu lugar”, trata-se de ajudar aqueles que se encontrem no seu caminho.

Na foto, o admirável Francisco está de costas.  Ele sabe que muitos o queriam ver de frente, mas neste instante tão íntimo, ele prefere ficar de costas para os fotógrafos e dar a cara a esse Deus de todos, Amor para o jardineiro e Amor para o Papa, esse Deus que não diferencia o abraço nem dá mais por um ou por outro, ambos são pecadores e ambos precisam d’Ele.

Quantos chefes terão a capacidade de ir sentar-se naquela cadeira de trás? Quando é que mães e pais teremos que “celebrar” essa cerimónia chamada vida com os nossos filhos, e num momento oportuno sermos capazes de nos sentarmos atrás, para que eles fiquem de frente para a sua missão? Quantos poderemos voltar as costas aos aplausos, à barafunda dos “clicks”, aos elogios, para dar a cara, num momento íntimo, a essa oração profunda que torna o nosso coração despido de orgulho, a um Deus que deseja com fervor escutar-nos?

O Papa ficou-me gravado nesta foto, e eu espero que hoje esta imagem , sirva para me situar no resto da minha vida.

domingo, 9 de junho de 2013

Ano da Fé: Creio no Filho único: Jesus Cristo

O Credo Nicenoconstantinopolitano tem uma ampla afirmação dogmática sobre Jesus Cristo, para mostrar a plenitude da sua realidade em três níveis:

a) sua pré-existência eterna;
b) sua encarnação histórica no seio virginal de Maria;
c) e sua ressurreição gloriosa.

Então podemos falar no Cristo pré-existente, no Cristo encarnado, com o nome de Jesus, e no Cristo glorioso após a morte de cruz, solenemente proclamado Jesus Cristo.

O Credo diz do Cristo pré-existente:
a) Filho Unigênito de Deus;
b) nascido do Pai antes de todos os séculos;
c) Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro;
d) gerado, não criado;
e) consubstancial ao Pai;
f) por ele todas as coisas foram feitas.

Diz também do Cristo encarnado:
a) Por nós, homens, e para a nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem;
b) Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

E do Cristo glorioso:
a) ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
b) e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai;
c) e de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos;
d) e o seu Reino não terá fim.

Nessa perspectiva percebemos a riqueza da afirmação da Carta aos Hebreus: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, ele o será para sempre" (Hb 13,8).

Fonte:
POVO DE DEUS EM SÃO PAULO - SEMANÁRIO LITÚRGICO -
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Ano da Fé: Creio em um só Deus Pai

A rigor só Deus é Pai, porque só ele tem o dom de gerar eternamente, enquanto fonte da vida. Jesus diz no Evangelho de Mateus 23,9: "A ninguém na terra chameis Pai, pois um só é o vosso Pai, o celeste".

No texto, a Palavra «Pai» está em maiúsculo, para indicar justamente que se trata daquele que é a fonte do amor: o Pai nosso. Os pais e mães da terra, antes de serem pais e mães, são filhos(as). Portanto também são gerados, para depois poderem gerar como dom e missão. A nossa natureza é filial e implica no sentimento de ser amado e protegido.

A condição filial divina nos foi dada no Batismo, mas o espírito filial é uma conquista espiritual que se dá conforme o crescimento da fé.

Quando os seres humanos sentirem-se amados e protegidos por Deus Pai, a terra será um lugar mais seguro e feliz, porque o amor nos torna aptos a amar. É por isso que Jesus ordena aos discípulos anunciarem a todos o Evangelho e batizar. É por isso também que nossa condição relacional é de irmãos, não importa a idade, sexo, etnia, cargo ou missão. Vale o que Jesus diz: "Vós todos sois irmãos" (Mt 23,8), o que equivale sermos filhos de um único Pai.

O Pai celeste é um Deus todo-poderoso. Afirmação semelhante foi feita pelo Anjo a Maria, no ato da encarnação virginal, ocasião em que foi feito também o anúncio da maternidade de Isabel, apesar da idade avançada: "Para Deus, com efeito, nada é impossível" (Lc 1,37).

O homem foi capaz de abandonar o politeísmo, isto é, a crença em vários deuses, porque acreditou num Deus único, cujos poderes ultrapassam todos os deuses juntos, como afirma o Salmo: "Na verdade, o Senhor é o Grande Deus, o grande Rei, muito maior que os deuses todos" (94/95,3).

Sua onipotência se afirma em dois pilares emblemáticos: o poder de criar a partir do nada e o poder de ressuscitar os mortos. É por isso que Paulo diz: "Deus faz viver os mortos e chama à existência coisas que não existem" (Rm 4, 17).

Nestas duas afirmações está implícita toda a obra da salvação, que no primeiro momento se manifesta na criação de tudo a partir do nada, e, no segundo momento, se torna plena na redenção que se operou por meio da ressurreição de Jesus.

Fonte:
POVO DE DEUS EM SÃO PAULO - SEMANÁRIO LITÚRGICO -
Publicação da Mitra Arquidiocesana de São Paulo
Av. Higienópolis, 890 - São Paulo - SP - 01238-000Tel: 3660-3700

DEI VERBUM - A profundidade e beleza da Sagrada Escritura

DEI VERBUM - (PALAVRA DE DEUS) é um dos documentos elaborados durante o Concílio Vaticano II.

Podemos dizer que uma das maiores finalidades do Concílio Vaticano II era a de difundir a Palavra de Deus, realizando, assim, o desejo de Jesus Cristo, que anunciou: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Notícia a toda a Humanidade" (Mc 16,15).

Já no "Proemio" destaca-se o objetivo de "propor a genuína doutrina sobre a Revelação divina e sua transmissão, para que o mundo inteiro, ouvindo, acredite na mensagem da salvação, acreditando espere, e esperando ame" (DV, n. 1).


A estrutura da Dei Verbum é muito simples, mas concentra um ensinamento profundo.

No capítulo I o documento nos fala sobre a Revelação, descrevendo o processo contínuo de comunicação entre Deus e o ser humano. Revelar é uma palavra que deriva do latim revelare, e significa "tirar o véu, divulgar, mostrar, dar-se a conhecer". São muitos os sinônimos, mas a idéia central é esta: manifestar. Deus revelou-Se, deu-Se a conhecer aos nossos antepassados, manifestou a Sua vontade e a Sua verdade diversas vezes ao longo da história com o objetivo de conduzir todos à comunhão Consigo.

Na plenitude dos tempos, revelou-Se de modo pleno e definitivo através do Seu Filho, o Verbo Encarnado. Em poucas linhas a Dei Verbum concentra os fundamentos de toda a Teologia da Revelação. O seu conteúdo é muito profundo e, por isso, ainda há muito a ser aplicado.

O capítulo II ocupa-se da transmissão da Revelação divina, confirmando que o nosso acesso à Revelação acontece através da pregação dos Apóstolos e dos seus sucessores. É a chamada Tradição, que tem sua origem nos Apóstolos e progride na Igreja sob a inspiração do Espírito Santo. A Tradição ajuda a compreender a Escritura, pois as duas estão intimamente relacionadas, são dois pilares da fé cristã, proveem de Deus e tendem ao mesmo fim: conduzir o homem a Deus.

No capítulo III, o documento confirma que a Sagrada Escritura foi escrita por mãos humanas, mas sob a inspiração do Espírito Santo. Por isso, para que a Bíblia seja interpretada, faz-se necessário levar em consideração a inspiração divina, os gêneros literários, os estudos exegéticos e hermenêuticos e tudo o mais que possa contribuir para uma melhor compreensão do texto. Incentivam-se assim as pesquisas e estudos bíblicos, primeiramente por parte dos pastores e pregadores, mas também de todos os cristãos, pois não é possível amar o que não se conhece.


Já os capítulos IV e V tratam especificamente do Antigo e Novo Testamento. O Antigo Testamento contém um retrato da história da salvação e serviu, como sabemos, para preparar a chegada de Cristo, que veio para instaurar o Reino, como é delineado no Novo Testamento.

Por fim, o documento nos apresenta como a Sagrada Escritura age na vida da Igreja. É o capítulo VI. Neste capítulo vemos de modo explícito o convite ao aprofundamento da Palavra de Deus através da tradução da Bíblia para todas as línguas, além do estudo e da investigação. A Escritura deve ser a alma da Teologia (DV, n. 24).

Conclusão

A Constituição Dei Verbum deu origem a muitos outros bons frutos, tais como a renovação bíblica a nível litúrgico, teológico e catequético; a leitura e aprofundamento da Bíblia através do apostolado bíblico, com o aparecimento de diversos grupos, movimentos e iniciativas; a divulgação da lectio divina; a animação bíblica da pastoral.

Contudo, há muito ainda por fazer. Muitos cristãos ainda estão distantes da Bíblia, ignorando seus ensinamentos e suas verdades. Outros ainda fazem uma leitura fundamentalista ou superficial, que induz ao uso errôneo do seu ensinamento. Enfim, muitos ainda não foram iluminados pela Palavra de Deus, que é "lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho".

Por isso, o apelo do Concílio é fazer conhecer sempre mais e melhor a palavra de Deus e que "encha cada vez mais os corações dos homens o tesouro da Revelação, confiado à Igreja" (DV, n. 26).

Fonte:
Folheto Litúrgico Dominical O Pulsandinho
Pulsando litÚrgico
Diocese de Apucarana - PR
Responsáveis:
Comentários e orações: Pe. Edson Zamiro da Silva
Cantos: Maestro Adenor Leonardo Terra
Diaconais: Diácono Durvalino Bertasso
Diagramação: José Luiz Mendes
Impressão: Gráfica Diocesana
Sugestões e Informações:

(43) 3468-1184 edson.zamiro@hotmail.com