Irmãos e Irmãs,
Recebi esta mensagem e não sei se é verdadeira ou não, mas achei tão interessante que resolvi postar aqui.
Abração a todos!
Dermeval Neves
Uma das últimas cadeiras da igreja é ocupada
pelo Papa. É o que se vê na foto. Ele está a celebrar uma cerimônia muito
peculiar: os convidados são os jardineiros e o pessoal de limpeza do
Vaticano.
Num momento da celebração o Papa pede a todos que orem em silêncio,
cada um pelo que o seu coração deseja. Nesse instante, ele levanta-se da
sua cadeira presidencial que está na frente e vai sentar-se numa das últimas
cadeiras para fazer a sua própria oração. Dá a impressão de que este
chefe preferiu que todos se centrem em ver de frente a verdadeira razão da sua
existência, esse Cristo crucificado que está ali presente e não em que o vejam
a ele, o seu chefe, que não é mais que um homem que falhou e continuará a
falhar, e a quem hoje todos chamamos o Papa Francisco.
A famosa diferença entre chefe e líder é
absoluta nesta foto. O chefe sempre se emproa, pondo-se à frente para que todos
o vejam e lhe obedeçam, enquanto que o líder sabe quando se deve sentar atrás,
não incomoda, acompanha, facilita o caminho para que os outros consigam os seus
propósitos; o líder é capaz de desaparecer no momento oportuno, para que os
seus companheiros cresçam e se centrem no que é verdadeiramente
importante. O líder não teme perder o seu lugar, porque sabe que, muito
para além do “seu lugar”, trata-se de ajudar aqueles que se encontrem no seu
caminho.
Na foto, o admirável Francisco está de
costas. Ele sabe que muitos o queriam ver de frente, mas neste instante
tão íntimo, ele prefere ficar de costas para os fotógrafos e dar a cara a esse
Deus de todos, Amor para o jardineiro e Amor para o Papa, esse Deus que não
diferencia o abraço nem dá mais por um ou por outro, ambos são pecadores e
ambos precisam d’Ele.
Quantos chefes terão a capacidade de ir
sentar-se naquela cadeira de trás? Quando é que mães e pais teremos que
“celebrar” essa cerimónia chamada vida com os nossos filhos, e num momento
oportuno sermos capazes de nos sentarmos atrás, para que eles fiquem de frente
para a sua missão? Quantos poderemos voltar as costas aos aplausos, à barafunda
dos “clicks”, aos elogios, para dar a cara, num momento íntimo, a essa oração
profunda que torna o nosso coração despido de orgulho, a um Deus que deseja com
fervor escutar-nos?
O Papa ficou-me gravado nesta foto, e eu espero que
hoje esta imagem , sirva para me situar no resto da minha vida.
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