domingo, 9 de junho de 2013

Ano da Fé: Creio em um só Deus Pai

A rigor só Deus é Pai, porque só ele tem o dom de gerar eternamente, enquanto fonte da vida. Jesus diz no Evangelho de Mateus 23,9: "A ninguém na terra chameis Pai, pois um só é o vosso Pai, o celeste".

No texto, a Palavra «Pai» está em maiúsculo, para indicar justamente que se trata daquele que é a fonte do amor: o Pai nosso. Os pais e mães da terra, antes de serem pais e mães, são filhos(as). Portanto também são gerados, para depois poderem gerar como dom e missão. A nossa natureza é filial e implica no sentimento de ser amado e protegido.

A condição filial divina nos foi dada no Batismo, mas o espírito filial é uma conquista espiritual que se dá conforme o crescimento da fé.

Quando os seres humanos sentirem-se amados e protegidos por Deus Pai, a terra será um lugar mais seguro e feliz, porque o amor nos torna aptos a amar. É por isso que Jesus ordena aos discípulos anunciarem a todos o Evangelho e batizar. É por isso também que nossa condição relacional é de irmãos, não importa a idade, sexo, etnia, cargo ou missão. Vale o que Jesus diz: "Vós todos sois irmãos" (Mt 23,8), o que equivale sermos filhos de um único Pai.

O Pai celeste é um Deus todo-poderoso. Afirmação semelhante foi feita pelo Anjo a Maria, no ato da encarnação virginal, ocasião em que foi feito também o anúncio da maternidade de Isabel, apesar da idade avançada: "Para Deus, com efeito, nada é impossível" (Lc 1,37).

O homem foi capaz de abandonar o politeísmo, isto é, a crença em vários deuses, porque acreditou num Deus único, cujos poderes ultrapassam todos os deuses juntos, como afirma o Salmo: "Na verdade, o Senhor é o Grande Deus, o grande Rei, muito maior que os deuses todos" (94/95,3).

Sua onipotência se afirma em dois pilares emblemáticos: o poder de criar a partir do nada e o poder de ressuscitar os mortos. É por isso que Paulo diz: "Deus faz viver os mortos e chama à existência coisas que não existem" (Rm 4, 17).

Nestas duas afirmações está implícita toda a obra da salvação, que no primeiro momento se manifesta na criação de tudo a partir do nada, e, no segundo momento, se torna plena na redenção que se operou por meio da ressurreição de Jesus.

Fonte:
POVO DE DEUS EM SÃO PAULO - SEMANÁRIO LITÚRGICO -
Publicação da Mitra Arquidiocesana de São Paulo
Av. Higienópolis, 890 - São Paulo - SP - 01238-000Tel: 3660-3700

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