sábado, 17 de agosto de 2013

PISTAS PARA REFLEXÃO SOBRE A LITURGIA DE 18.08.2013

20º DTC - ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA 18/08/2013


1ª Leitura Apocalipse 11,19;12,1.3-6.10
Maria aparece no Apocalipse como imagem da Igreja.
À semelhança de Maria, a Igreja concebe na dor um mundo novo.
E em união com Maria, participa na vitória de Cristo sobre o Mal.

Salmo 44/45
"À vossa direita se encontra a rainha com veste esplendente de ouro de Ofir"
O Salmo que nos é proposto para cantar é um hino de louvor dirigido pelo noivo à esposa no dia das núpcias. A Liturgia aplica-o ao canto de glória em honra de Maria, na sua Assunção em corpo e alma ao Céu. Associemo-nos ao triunfo de Maria.

2ª Leitura 1 Coríntios 15,20-27
Para S. Paulo, na Primeira Carta aos fiéis de Corinto, Maria é nova Eva. Jesus Cristo Novo Adão, faz da Virgem Santa Maria uma nova Eva, a Mãe da Vida, sinal de esperança para todos os homens.

Evangelho Lucas 1, 39-56
Aclamemos o Evangelho que nos revela o segredo do triunfo de Maria que hoje celebramos. Que ele avive em nosso coração a esperança de que também nós – salvas as diferenças – seremos um dia glorificados.


Sugestão de páginas para estudo e compreensão da Liturgia Dominical:

Evangelho do Dia:   http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm
Roteiro Homilético:  http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_roteiro.htm
Homilias e Sermões com Comentário Exegético:
                                       http://www.npdbrasil.com.br/religiao/rel_hom_gotas0167.htm
Vídeo YouTube:        http://www.youtube.com/watch?v=moDenRsJC-4&feature=share&list=UUsju_9KZ3G7f2CqfzVnazBw

MISSA ONLINE (disponível no domingo de 00h00 às 23h00):                                                                                        http://www.npdbrasil.net.br/tvNPD.htm

PISTAS PARA REFLEXÃO


A mãe gloriosa e a grandeza dos pobres: O Magnificat de Maria é o resumo da obra de Deus com ela e em torno dela. Humilde serva – faltava-lhe o status de mulher casada –, foi “exaltada” por Deus para ser mãe do Salvador e participar de sua glória, pois o amor verdadeiro une para sempre. Sua grandeza não vem do valor que a sociedade lhe confere, mas da maravilha que Deus nela opera. Aconteceu um diálogo de amor entre Deus e a moça de Nazaré: ao convite de Deus responde o “sim” de Maria, e à doação dela na maternidade e no seguimento de Jesus responde o grande “sim” de Deus, com a glorificação de sua serva. Em Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão cheios de si mesmos não o deixam agir e, por isso, são despedidos de mãos vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas de Deus. O filho de Maria coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois, enquanto estes oprimem, ele salva de verdade.

– Essa maravilha só é possível porque Maria não está cheia de si mesma, como os que confiam no seu dinheiro e status, mas “cheia de graça”. Ela é serva, está a serviço – também de sua prima, grávida como ela – e, por isso, sabe colaborar com as maravilhas de Deus. Sabe doar-se, entregar-se àquilo que é maior que sua própria pessoa. A grandeza do pobre é que ele se dispõe para ser servo de Deus, superando todas as servidões humanas. Ora, para que seu serviço seja grandeza, o fiel tem de saber decidir a quem serve: a Deus ou aos que se arrogam injustamente o poder sobre seus semelhantes. Consciente de sua opção, quem é pobre segundo o espírito de Deus realizará coisas que os ricos e os poderosos, presos na sua autossuficiência, não realizam: a radical doação aos outros, a simplicidade, a generosidade sem cálculo, a solidariedade, a criação de um homem novo para um mundo novo, um mundo de Deus.

– A vida de Maria, a “serva”, assemelha-se à do “servo”, Jesus, “exaltado” por Deus por causa de sua fidelidade até a morte (cf. Fl 2,6-11). De fato, o amor torna as pessoas semelhantes entre si. Também na glória. Em Maria realiza-se, desde o fim de sua vida na terra, o que Paulo descreve na segunda leitura: a entrada dos que pertencem a Cristo na vida gloriosa concedida pelo Pai, uma vez que o Filho venceu a morte.

– Congratulando Maria, congratulamo-nos a nós mesmos, a Igreja. Pois, mãe de Cristo e mãe da fé, Maria é também mãe da Igreja. Na “mulher vestida de sol” (primeira leitura) confundem-se os traços de Maria e os da Igreja. Sua glorificação são as primícias da glória de seus filhos na fé.

– No momento histórico em que vivemos, a contemplação da “serva gloriosa” pode trazer uma luz preciosa. Quem seria a “humilde serva” no século XXI, século da publicidade e do sensacionalismo? Sua história é: serviço humilde e glória escondida em Deus. Não se assemelha a isso a Igreja dos pobres? A exaltação de Maria é sinal de esperança para os pobres. Sua história também joga luz sobre o papel da mulher, especialmente da mulher pobre, “duplamente oprimida”. Maria é “a mãe da libertação”.

Um bom domingo a todos nós, com as Bençãos de Deus, do Sagrado Coração de Jesus e a Ternura de Maria Santíssima.

Dermeval Neves

Fonte de Pistas para Reflexão:
Pe. Johan Konings, sj - Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.

Fonte dos Comentários das Leituras:
Site Presbíteros - http://www.presbiteros.com.br/site/roteiro-homiletico-assuncao-de-nossa-senhora/

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