sexta-feira, 8 de agosto de 2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA - 09/08/2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA

Cor Litúrgica: Verde
18ª Semana do Tempo Comum | Sábado | 09/08/2025


A Liturgia deste sábado nos convida a renovar nossa fidelidade e confiança no Senhor, reconhecendo-o como único Deus e como nossa verdadeira força.

Na Primeira Leitura, ouvimos o célebre “Shema Israel”, a profissão de fé do povo de Deus: “O Senhor é o nosso Deus, o Senhor é um só!” Moisés ensina que amar a Deus com todo o coração e guardar sua Palavra em todos os momentos da vida é o segredo da bênção e da verdadeira felicidade.

O Salmo responde com louvor e gratidão, proclamando o amor a Deus como refúgio, rocha firme e salvação.

No Evangelho, Jesus cura um menino possuído por um espírito impuro e ensina que mesmo uma fé pequenina — como um grão de mostarda — é capaz de operar o impossível quando é autêntica.

Neste dia, a Palavra nos convida a nutrir uma fé viva, firme e cheia de confiança. Que cada um de nós — e em especial aqueles que Deus chama ao serviço da Igreja — possa aprender a cultivar essa fé simples, obediente e poderosa, que se apóia unicamente na Palavra e no amor do Senhor.

LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Dt 6,4-13)
Leitura do Livro do Deuteronômio


Moisés falou ao povo, dizendo: 4 "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. 6 E trarás gravadas em teu coração todas estas palavras que hoje te ordeno. 7 Tu as repetirás com insistência aos teus filhos e delas falarás quando estiveres sentado em tua casa, ou andando pelos caminhos, quando te deitares, ou te levantares. 8 Tu as prenderás como sinal em tua mão e as colocarás como um sinal entre os teus olhos; 9 tu as escreverás nas entradas da tua casa e nas portas da tua cidade. 10 Quando o Senhor te introduzir na terra que prometeu com juramento a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó, que te daria, com cidades grandes e belas que não edificaste, 11 casas cheias de toda espécie de bens que não acumulaste, cisternas já escavadas que não cavaste, vinhas e oliveiras que não plantaste; e quando comeres e te fartares, 12 então, cuida bem de não esqueceres o Senhor que te tirou do Egito, da casa da escravidão. 13 Temerás o Senhor teu Deus, a ele servirás e só pelo seu nome jurarás".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que a Palavra diz?

Moisés proclama ao povo a essência da fé de Israel: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” A partir dessa confissão de fé, ele ordena que se ame o Senhor com todo o coração, alma e força, e que essa Palavra seja gravada no coração, transmitida aos filhos, presente em cada momento da vida e visível nos lares e nas cidades. Ele também adverte o povo a não esquecer do Senhor quando estiverem vivendo em tempos de fartura, pois foi Ele quem os libertou da escravidão.

O que a Palavra nos diz?

Esta leitura é um forte apelo à fidelidade. Amar a Deus de todo o coração exige que sua Palavra esteja presente em todas as dimensões da nossa vida: no pensar, no agir, no ensinar, no repouso e no trabalho. O risco de esquecer-se de Deus em tempos de abundância é real, por isso somos chamados a cultivar uma memória agradecida e vigilante. Neste mês das vocações, essa Palavra nos lembra que todo chamado nasce do amor profundo e exclusivo a Deus, que deve ser constantemente renovado e partilhado.

O que a Palavra nos faz dizer?

Oremos: Senhor, nosso Deus, grava tua Palavra em nosso coração e dá-nos a graça de te amar com todo o nosso ser. Ensina-nos a transmitir tua verdade aos nossos filhos e a viver sempre na tua presença, sem jamais nos esquecermos do teu amor libertador. Amém.

LITURGIA - SALMO DO DIA

Salmo Responsório Sl 17(18),2-3a.3bc-4.47 e 51ab (R. 2)


- Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.

- Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação. 
- Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! e dos meus perseguidores serei salvo! 
- Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! E louvado seja Deus, meu Salvador! Concedeis ao vosso rei grandes vitórias e mostrais misericórdia ao vosso Ungido. 

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Salmo diz?

O salmista proclama seu amor e confiança em Deus, reconhecendo-O como rocha firme, refúgio seguro, escudo protetor e fonte de salvação. Ele recorda que foi salvo dos inimigos ao invocar o Senhor e louva a fidelidade divina que concede vitórias e misericórdia ao seu povo, especialmente ao rei e ao seu Ungido.

O que o Salmo nos diz?

Este salmo é um hino de confiança e amor a Deus. Quando reconhecemos nossa fraqueza, encontramos no Senhor a verdadeira força. Ele é nossa rocha firme nos momentos de perseguição e tribulação. No contexto da vocação, esta oração se torna o cântico dos que, como Davi, experimentam a fidelidade de Deus em meio aos combates da vida, e nele colocam sua esperança, certos de que a vitória pertence ao Senhor.

O que o Salmo nos faz dizer?

Oremos: Senhor, meu Deus, minha força e meu refúgio, eu te amo e confio em ti. Sê meu escudo nos dias de luta e meu abrigo nas tempestades. Dá-nos a graça de invocar teu nome com fé e experimentar tua salvação todos os dias da vida. Amém.

LITURGIA - EVANGELHO

Evangelho (Mt 17,14-20)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

14 Naquele tempo, chegando Jesus e seus discípulos junto da multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e disse: 15 "Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético, e sofre ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo ou na água. 16 Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!" 17 Jesus respondeu: "Ó gente sem fé e perversa! Até quando deverei ficar convosco? Até quando vos suportarei? Trazei aqui o menino". 18 Então Jesus o ameaçou e o demônio saiu dele. Na mesma hora o menino ficou curado. 19 Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: "Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?" 20 Jesus respondeu: "Porque a vossa fé é demasiado pequena. Em verdade vos digo, se vós tiverdes fé do tamanho de uma semente de mostarda, direis a esta montanha: 'Vai daqui para lá' e ela irá. E nada vos será impossível".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Evangelho diz?

Jesus encontra um pai desesperado que suplica a cura de seu filho, que sofre de fortes ataques e não pôde ser curado pelos discípulos. Diante da incredulidade, Jesus expressa sua tristeza e, com autoridade, liberta o menino. Em seguida, explica aos discípulos que não conseguiram expulsar o demônio porque lhes faltava fé. E ensina: uma fé pequena como uma semente de mostarda, se for verdadeira, pode mover montanhas.

O que o Evangelho nos diz?

O Senhor nos chama a cultivar uma fé viva, mesmo que pequena, mas que confia plenamente em Seu poder. A fé não é magia, nem força humana, mas abandono confiante em Deus. Este Evangelho nos alerta para não confiarmos apenas em métodos ou esforços humanos, mas na ação de Deus que responde à fé humilde e perseverante. Em tempos vocacionais, esta Palavra nos lembra que toda missão, especialmente a sacerdotal, só frutifica quando nasce da fé profunda e da intimidade com Cristo.

O que o Evangelho nos faz dizer?

Oremos: Senhor Jesus, aumenta em nós a fé. Dá-nos a confiança pura e firme que move montanhas e vence o mal. Ensina-nos a orar com humildade e a agir com confiança, reconhecendo que tudo podemos quando nos colocamos inteiramente em tuas mãos. Amém.

Que Deus te abençoe, hoje e sempre!

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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA - 08/08/2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA

Cor Litúrgica: Branco
18ª Semana do Tempo Comum | Sexta-Feira | 08/08/2025
Memória de São Domingos, presbítero


A Liturgia desta sexta-feira nos conduz a um profundo reconhecimento da grandeza de Deus e da radicalidade do seguimento de Jesus.

Na Primeira Leitura, Moisés recorda ao povo de Israel todas as maravilhas que o Senhor realizou: a libertação, a eleição, a Aliança e os sinais poderosos em favor dos que O amam. É um chamado à memória e à fidelidade.

O Salmo ecoa essa ação de graças, exaltando os feitos do Senhor e seu poder redentor, que conduz seu povo como um pastor conduz o rebanho.

No Evangelho, Jesus apresenta as exigências do discipulado: tomar a cruz, renunciar a si mesmo e segui-lo, pois só quem perde a própria vida por Ele a encontrará verdadeiramente.

Hoje celebramos com alegria a Memória de São Domingos de Gusmão, presbítero e fundador da Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Homem de intensa vida de oração, de amor à Palavra e à verdade, São Domingos dedicou sua vida à pregação do Evangelho e à salvação das almas, respondendo com generosidade ao chamado de Cristo.

Que seu exemplo de zelo apostólico, humildade e fidelidade inspire também a cada um de nós a viver a vocação cristã com coragem, alegria e entrega total.

LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Dt 4,32-40)
Leitura do Livro do Deuteronômio


Moisés falou ao povo dizendo: 32 "Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. 33 Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34 Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? 35 A ti foi dado ver tudo isso, para que reconheças que o Senhor é na verdade Deus, e que não há outro Deus fora ele. 36 Do céu ele te fez ouvir sua voz para te instruir, e sobre a terra te fez ver o seu grande fogo; e do meio do fogo ouviste suas palavras, 37 porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes. Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, 38 para expulsar, diante de ti, nações maiores e mais fortes do que tu, e para te introduzir na terra deles e dá-la a ti como herança, como tu estás vendo hoje. 39 Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40 Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que a Palavra diz?

Moisés exorta o povo a reconhecer a singularidade da ação de Deus em sua história. Nenhum outro povo presenciou o que Israel vivenciou: ouvir a voz de Deus do meio do fogo, ser libertado com mão forte e braço estendido, receber leis divinas e a herança de uma terra prometida. Diante dessa realidade, Moisés convoca o povo à fidelidade: guardar os mandamentos como resposta ao amor de Deus e como caminho para a verdadeira felicidade.

O que a Palavra nos diz?

A experiência da salvação não é apenas memória do passado, mas convite permanente à fidelidade. Assim como Israel foi escolhido por puro amor, também nós fomos alcançados pela graça de Deus em Cristo. Hoje, somos chamados a reconhecer e gravar no coração que o Senhor é o único Deus — e que fora d’Ele não há vida plena. Guardar sua Palavra é o segredo para uma existência fecunda, que se prolonga em bênçãos para os filhos e para as gerações futuras.

O que a Palavra nos faz dizer?

Oremos: Senhor, nosso Deus, Tu és único e fiel em todas as gerações. Dá-nos a graça de reconhecer tua presença em nossa história e gravar tua Palavra em nosso coração. Ensina-nos a viver com fidelidade, para que sejamos sinal do teu amor neste mundo e herdeiros da tua promessa. Amém.

LITURGIA - SALMO DO DIA

Salmo Responsório Sl 76(77),12-13.14-15.16 e 21 (R. 12a)


- Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!

- Recordando os grandes feitos do passado, vossos prodígios eu relembro, ó Senhor; eu medito sobre as vossas maravilhas e sobre as obras grandiosas que fizestes. 
- São santos, ó Senhor, vossos caminhos! Haverá deus que se compare ao nosso Deus? Sois o Deus que operastes maravilhas, vosso poder manifestastes entre os povos.
- Com vosso braço redimistes vosso povo, os filhos de Jacó e de José. Como um rebanho conduzistes vosso povo e o guiastes por Moisés e Aarão.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Salmo diz?

O salmista relembra com gratidão os grandes feitos de Deus no passado: os prodígios, as maravilhas, o poder manifestado entre os povos. Ele reconhece a santidade dos caminhos do Senhor, exalta sua incomparável grandeza e recorda a libertação do povo de Israel conduzido por Moisés e Aarão, como um pastor que guia seu rebanho.

O que o Salmo nos diz?

Este salmo nos convida a fazer memória da ação de Deus em nossa vida. Em tempos de dúvida ou tribulação, a lembrança dos sinais de amor e libertação fortalece a fé e renova a esperança. Também nós, como o povo de Israel, somos guiados por pastores — especialmente os sacerdotes — que, à semelhança de Moisés e Aarão, conduzem o rebanho do Senhor com dedicação. É tempo de reconhecer e agradecer.

O que o Salmo nos faz dizer?

Oremos: Senhor, Deus de maravilhas, nós te louvamos por tudo o que fizeste por teu povo e por cada um de nós. Ensina-nos a recordar com gratidão tuas obras e a confiar na tua condução. Abençoa os que guiam tua Igreja com fidelidade e fortalece-nos na fé. Amém.

LITURGIA - EVANGELHO

Evangelho (Mt 16,24-28)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 24 Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25 Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26 De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27 Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28 Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Evangelho diz?

Jesus revela aos discípulos as exigências do seguimento: quem quiser segui-lo deve renunciar a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo com fidelidade. Ele afirma que, paradoxalmente, quem perde a vida por causa d’Ele a encontrará. Ao final, Jesus anuncia que o Filho do Homem virá em glória para julgar cada um segundo suas obras, e que alguns ali presentes verão a manifestação do Reino antes de morrer.

O que o Evangelho nos diz?

Este Evangelho nos chama à maturidade da fé. Seguir Jesus não é buscar conforto, mas assumir com amor a cruz diária — renunciando ao egoísmo e às ilusões do mundo — para viver a verdadeira liberdade. Em um tempo que exalta o individualismo e a auto-satisfação, Cristo nos propõe o caminho do dom de si como condição para a vida plena. Neste mês vocacional, essa Palavra ressoa fortemente na vida dos que consagram sua vida ao Reino, especialmente nossos sacerdotes, que renunciam a si mesmos para serem sinal do amor redentor de Cristo.

O que o Evangelho nos faz dizer?

Oremos: Senhor Jesus, ensina-nos a renunciar ao que nos afasta de ti e a tomar com coragem a cruz que nos conduz à vida verdadeira. Que teu exemplo de entrega inspire nosso caminho e sustente os que consagraram sua vida a serviço do Reino. Faz-nos compreender que somente em ti encontramos sentido e salvação. Amém.

Que Deus te abençoe, hoje e sempre!

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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA - 07/08/2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA

Cor Litúrgica: Verde
18ª Semana do Tempo Comum | Quinta-Feira | 07/08/2025


A Liturgia desta quinta-feira nos desafia a refletir sobre o dom da fé, a obediência à vontade de Deus e a responsabilidade dos que conduzem o seu povo.

Na Primeira Leitura, vemos Moisés agindo com impaciência diante da murmuração do povo e, por causa disso, sendo impedido de entrar na Terra Prometida.

O Salmo nos convida a escutar a voz do Senhor com o coração aberto, sem endurecimento, lembrando o episódio de Meriba, quando os israelitas testaram a paciência de Deus.

No Evangelho, contemplamos o belíssimo momento em que Pedro professa sua fé em Jesus como o Messias, e é declarado bem-aventurado e pedra da Igreja. No entanto, ao rejeitar a cruz, ouve de Jesus uma repreensão severa: “Tu pensas como os homens”.

Neste dia, a Palavra nos ensina que não basta reconhecer quem é Jesus — é preciso acolher o seu caminho, mesmo quando passa pela cruz.

Que esta meditação fortaleça especialmente os nossos sacerdotes e pastores, para que, como Pedro, permaneçam firmes na missão de anunciar a verdade com coragem e humildade, mesmo diante das incompreensões e desafios do caminho.

LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Nm 20,1-13)
Leitura do Livro dos Números


Naqueles dias, 1 toda a comunidade dos filhos de Israel chegou ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo permaneceu em Cades. Ali morreu Maria e ali mesmo foi sepultada. 2 Como não havia água para o povo, este juntou-se contra Moisés e Aarão, 3 e, levantando-se em motim, disseram: "Antes tivéssemos morrido, quando morreram nossos irmãos diante do Senhor! 4 Para que trouxestes a comunidade do Senhor a este deserto, a fim de que morrêssemos, nós e nossos animais? 5 Por que nos fizestes sair do Egito e nos trouxestes a este lugar detestável, em que não se pode semear, e que não produz figueiras, nem vinhas nem romãzeiras, e, além disso, não tem água para beber?" 6 Deixando a comunidade, Moisés e Aarão foram até a entrada da Tenda da Reunião, e prostraram-se com a face em terra. E a glória do Senhor apareceu sobre eles. 7 O Senhor falou, então, a Moisés, dizendo: 8 "Toma a tua vara e reúne o povo, tu e teu irmão Aarão; na presença deles ordenai à pedra e ela dará água. Quando fizeres sair água da pedra, dá de beber à comunidade e aos seus animais". 9 Moisés tomou, então, a vara que estava diante do Senhor, como lhe fora ordenado. 10 Depois, Moisés e Aarão reuniram a assembléia diante do rochedo, e Moisés lhes disse: "Ouvi, rebeldes! Podemos, acaso, fazer sair água desta pedra para vós?" 11 E, levantando a mão, Moisés feriu duas vezes a rocha com a vara, e jorrou água em abundância, de modo que o povo e os animais puderam beber. 12 Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão: "Visto que não acreditastes em mim, para manifestar a minha santidade aos olhos dos filhos de Israel, não introduzireis este povo na terra que lhe vou dar". 13 Estas são as águas de Meriba, onde os filhos de Israel disputaram contra o Senhor, e ele lhes manifestou a sua santidade.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que a Palavra diz?

O povo de Israel, sedento e desanimado, volta a murmurar contra Moisés e Aarão no deserto. Deus ordena que Moisés fale à rocha, para que dela jorre água, mas Moisés, tomado de impaciência, fere a pedra duas vezes com a vara. A água brota, mas o Senhor repreende Moisés e Aarão por não terem confiado plenamente em Sua palavra, e anuncia que não entrarão na Terra Prometida.

O que a Palavra nos diz?

Mesmo os grandes servos de Deus podem fraquejar. Moisés, cansado da rebeldia do povo, age de forma impulsiva e desobedece parcialmente à ordem divina. Isso nos mostra como é fácil, diante da pressão e do desgaste, deixar-se levar pela impaciência. A Palavra de hoje nos convida a confiar inteiramente na vontade do Senhor, mesmo quando o povo reclama, mesmo quando tudo parece difícil. E nos recorda que a obediência humilde é sempre mais fecunda do que a força impetuosa.

O que a Palavra nos faz dizer?

Oremos: Senhor, dá-nos um coração dócil e confiante, que obedece mesmo nas situações mais áridas da vida. Livra-nos da impaciência e do orgulho, e ensina-nos a agir sempre segundo tua vontade. Que teus ministros, especialmente os sacerdotes, encontrem força em ti para conduzir teu povo com mansidão e fidelidade. Amém.

LITURGIA - SALMO DO DIA

Salmo Responsório Sl 94(95),1-2.6-7.8-9 (R. 8ab)


- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.

- Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!
- Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.
- Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: "Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras".

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Salmo diz?

Este salmo é um convite ao louvor, à adoração e à obediência. O salmista exorta o povo a não repetir os erros do passado, como em Meriba, onde os corações se fecharam e os israelitas colocaram Deus à prova, apesar de terem testemunhado suas maravilhas. Ele nos lembra que o Senhor é nosso Deus, Pastor e Salvador, e que devemos escutar sua voz com fé e reverência.

O que o Salmo nos diz?

Hoje, o salmo ecoa como um apelo urgente à conversão: ouvir e acolher a voz de Deus enquanto ainda é tempo. Diante das provações da vida, somos tentados a endurecer o coração como o povo no deserto. Mas o verdadeiro culto nasce da escuta obediente. Neste tempo de oração pelas vocações, também somos chamados a rezar por aqueles que escutam o chamado do Senhor e se colocam a serviço de seu rebanho.

O que o Salmo nos faz dizer?

Oremos: Senhor, não permitas que endureçamos nosso coração diante da tua voz. Ensina-nos a escutar com fé, a confiar no teu amor e a adorar-te com alegria. Faze de nós um povo fiel, dócil ao teu chamado e disposto a seguir-te com generosidade. Amém.

LITURGIA - EVANGELHO

Evangelho (Mt 16,13-23)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13 Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" 14 Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15 Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo." 17 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus". 20 Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21 Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir à Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22 Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!" 23 Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: "Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!"
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Evangelho diz?

Neste trecho do Evangelho, Jesus pergunta aos discípulos quem o povo diz que Ele é, e depois, diretamente, quem eles mesmos dizem que Ele é. Simão Pedro responde com fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Jesus o declara feliz, pois essa revelação vem do Pai, e o constitui como pedra sobre a qual edificará sua Igreja. No entanto, logo após, Pedro recusa a idéia de um Messias sofredor e é repreendido duramente por Jesus, pois pensa como os homens e não segundo Deus.

O que o Evangelho nos diz?

A profissão de fé de Pedro é fundamental: reconhecer Jesus como o Messias é o início da verdadeira vida cristã. Mas a mesma fé que reconhece o Cristo glorioso precisa também aceitar o Cristo crucificado. Muitas vezes, como Pedro, queremos seguir Jesus sem cruz, e isso nos distancia do caminho do Reino. Somos chamados a professar com a boca e com a vida: “Tu és o Cristo!”, aceitando os desígnios do Pai mesmo quando nos parecem difíceis.

O que o Evangelho nos faz dizer?

Rezemos com fé: Senhor Jesus, nós cremos que Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo. Ajuda-nos a seguir-te com fidelidade, mesmo quando teu caminho nos conduz à cruz. Corrige nossos pensamentos humanos e forma em nós o coração obediente do discípulo. Fortalece tua Igreja, edificada sobre a fé de Pedro, e guia-nos pelo teu Espírito. Amém.

Que Deus te abençoe, hoje e sempre!

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terça-feira, 5 de agosto de 2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA - 06/08/2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA

Cor Litúrgica: Branco
18ª Semana do Tempo Comum | Quarta-Feira | 06/08/2025
Festa da Transfiguração do Senhor


A Liturgia de hoje nos eleva à contemplação de um dos mistérios mais belos da vida de Jesus: a Transfiguração no alto do monte.

Nesta solenidade luminosa, somos convidados a subir com o Senhor, como fizeram Pedro, Tiago e João, para ver sua glória resplandecente e escutar a voz do Pai que o apresenta como o Filho amado.

A Primeira Leitura, do profeta Daniel, já anunciava a majestade do Filho do Homem que recebe poder e glória eternos diante do trono do Altíssimo. O Salmo exulta: “Deus é Rei, é o Altíssimo, muito acima do universo”, convidando toda a terra a proclamar sua justiça e adorar sua presença.

No Evangelho, essa realidade se cumpre em Jesus, que resplandece em luz e nos revela antecipadamente a glória da ressurreição. É um momento de consolo, fé e confirmação para os discípulos, que se preparam para enfrentar a cruz.

Também nós, neste tempo de caminhada, precisamos subir o monte da oração para renovar nossa esperança e deixar-nos iluminar por Cristo. Que esta celebração da Transfiguração do Senhor nos leve a escutar mais profundamente sua voz e a caminhar com firmeza rumo à glória prometida.

LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Dn 7,9-10,13-14)
Leitura da Profecia de Daniel


9 Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10 Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos. 13 Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14 Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que a Palavra diz?

O profeta Daniel tem uma visão majestosa e celestial: tronos são colocados, e o “Ancião de muitos dias” — imagem simbólica de Deus — toma lugar num trono de fogo. Em meio a essa cena gloriosa, surge “um como filho de homem”, que se aproxima do Ancião e recebe poder, glória e realeza eternos. Todos os povos e nações o servem, e seu reino jamais será destruído.

O que a Palavra nos diz?

Nesta Festa da Transfiguração, essa leitura nos prepara para compreender que Jesus, o “Filho do Homem”, é o Rei eterno que recebeu de Deus Pai todo poder e glória. Sua realeza não é deste mundo, mas é soberana sobre toda a criação. Contemplar essa visão profética nos fortalece na fé, recordando que, apesar das tribulações terrenas, Cristo reina glorioso e caminha à nossa frente, resplandecente de luz.

O que a Palavra nos faz dizer?

Rezemos com fé: Senhor Deus, Rei eterno e glorioso, faze-nos contemplar, mesmo que por vislumbres na fé, a majestade de teu Filho Jesus. Que nossa vida esteja submetida ao seu Reino de paz, justiça e amor. Concede-nos esperança e firmeza diante do teu poder que jamais será vencido. Amém.

LITURGIA - SALMO DO DIA

Salmo Responsório Sl 96(97),1-2.5-6.9 (R. 1a.9a)


- Deus é Rei, é o Altíssimo, muito acima do universo.

- Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito. 
- As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória. 
- Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, muito acima do universo que criastes, e de muito superais todos os deuses.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Salmo diz?

Este salmo proclama a realeza de Deus com alegria e solenidade. Ele é envolto de mistério e majestade, e reina com justiça e direito. Sua presença faz a criação estremecer, e toda a terra reconhece sua glória. O Senhor é o Altíssimo, infinitamente superior a qualquer poder ou ídolo terreno.

O que o Salmo nos diz?

Na Festa da Transfiguração do Senhor, este salmo exalta a glória divina que se revelou no Monte Tabor. Diante do esplendor de Cristo, até as montanhas se derretem como cera. A criação inteira se curva diante d’Aquele que é Rei e Salvador. Esta Palavra nos convida a contemplar a majestade de Deus com reverência e confiança, rendendo-Lhe glória com a vida.

O que o Salmo nos faz dizer?

Altíssimo Senhor, Rei do universo, recebe nosso louvor e nossa adoração. Que tua glória resplandeça sobre nós e nos conduza ao conhecimento do teu amor. Reina sobre nossa história, e faze de nós instrumentos da tua justiça e da tua paz. Amém.

LITURGIA - EVANGELHO

Evangelho (Lucas 9,28b-36)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 28b Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29 Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. 30 Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31 Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. 32 Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. 33 E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Pedro não sabia o que estava dizendo. 34 Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. 35 Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!" 36 Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Evangelho diz?

Jesus sobe ao monte com Pedro, Tiago e João para rezar, e ali se transfigura diante deles: seu rosto brilha e suas vestes tornam-se resplandecentes. Moisés e Elias aparecem em glória e falam com Ele sobre sua Paixão. Os discípulos, tomados de temor e admiração, desejam permanecer naquele momento, mas são envolvidos por uma nuvem da qual se ouve a voz do Pai: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que Ele diz!”

O que o Evangelho nos diz?

A Transfiguração revela antecipadamente a glória de Cristo ressuscitado, fortalecendo os discípulos para enfrentarem o escândalo da cruz. Também nós somos convidados a subir o “monte” da oração e da intimidade com Jesus, para contemplar sua luz e escutar sua voz. Em meio às sombras do mundo, essa experiência nos consola e nos confirma na fé. A presença de Moisés e Elias recorda que a Lei e os Profetas se cumprem em Jesus, o Filho amado do Pai.

O que o Evangelho nos faz dizer?

Rezemos com fé: Senhor Jesus, leva-nos ao monte da tua presença, transfigura nosso olhar e fortalece-nos na esperança. Que tua luz nos envolva e tua Palavra nos guie em meio às provações da vida. Queremos escutar-te com fé e seguir-te com amor, até participarmos plenamente da tua glória. Amém.

Que Deus te abençoe, hoje e sempre!

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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA - 05/08/2025

LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA

Cor Litúrgica: Verde
18ª Semana do Tempo Comum | Terça-Feira | 05/08/2025


A Liturgia desta terça-feira nos convida a refletir sobre a humildade, a misericórdia e a confiança em Deus diante das provações.

Na Primeira Leitura, vemos o castigo de Miriam ao criticar Moisés, e a comovente intercessão deste, mesmo ofendido, suplicando sua cura.

O Salmo 50 aprofunda essa atitude interior de arrependimento e reconciliação, lembrando que Deus jamais rejeita um coração contrito.

No Evangelho, somos colocados no meio da noite, no mar agitado, onde Jesus se revela aos discípulos andando sobre as águas. Pedro tenta ir ao seu encontro, mas vacila. É nesse momento que Jesus o segura e nos ensina que, quando confiamos, mesmo diante das tempestades, Ele nos sustenta com sua mão poderosa.

Neste tempo dedicado às vocações, rezemos pelos nossos padres, para que, mesmo quando enfrentarem ventos contrários, permaneçam firmes na missão de conduzir o povo à presença de Deus com fé, misericórdia e coração humilde. Que jamais lhes falte a mão estendida de Cristo e o apoio orante do rebanho que servem com amor.

LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Nm 12,1-13)
Leitura do Livro dos Números


Naqueles dias, 1 Maria e Aarão criticaram Moisés por causa de sua mulher etíope. 2 E disseram: "Acaso o Senhor falou só através de Moisés? Não falou, também, por meio de nós?" E o Senhor ouviu isto. 3 Moisés era um homem muito humilde, mais do que qualquer outro sobre a terra. 4 Então o Senhor disse a Moisés, Aarão e Maria: "Ide todos os três à Tenda da Reunião". E eles foram. 5 O Senhor desceu na coluna de nuvem, parou à entrada da Tenda, e chamou Aarão e Maria. Quando se aproximaram, ele lhes disse: 6 "Escutai minhas palavras! Se houver entre vós um profeta do Senhor, eu me revelarei a ele em visões e falarei com ele em sonhos. 7 O mesmo, porém, não acontece com o meu servo Moisés, que é o mais fiel em toda a minha casa! 8 Porque a ele eu falo face a face; é às claras, e não por figuras, que ele vê o Senhor! Como, pois, vos atreveis a rebaixar o meu servo Moisés?" 9 E, indignado contra eles, o Senhor retirou-se. 10 A nuvem que estava sobre a Tenda afastou-se, e no mesmo instante, Maria se achou coberta de lepra, branca como a neve. Quando Aarão olhou para ela e a viu toda coberta de lepra, 11 disse a Moisés: "Rogo-te, meu Senhor! Não nos faças pagar pelo pecado que tivemos a insensatez de cometer. 12 Que Maria não fique como morta, como um aborto que é lançado fora do ventre de sua mãe, já com metade da carne consumida pela lepra". 13 Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: "Ó Deus, eu te suplico, dá-lhe a cura!"
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que a Palavra diz?

Miriam e Aarão criticam Moisés, movidos por ciúmes e vaidade, questionando sua autoridade. O Senhor, porém, intervém, revelando que com Moisés Ele fala face a face, pois é seu servo mais fiel. Como castigo pela rebeldia, Miriam é atingida pela lepra. Aarão reconhece o erro e clama por misericórdia. Moisés, mesmo ofendido, intercede por sua irmã com compaixão e humildade, pedindo sua cura ao Senhor.

O que a Palavra nos diz?

Esta passagem nos exorta a respeitar aqueles que Deus escolhe para conduzir seu povo, especialmente os sacerdotes e pastores. A inveja e a murmuração são atitudes que ferem a comunhão e atraem sofrimento.

O coração de Moisés, humilde e misericordioso, revela o verdadeiro espírito de liderança: ele não guarda rancor, mas intercede com amor. Em tempos de divisão e julgamentos apressados, somos chamados a viver a humildade, o respeito e a intercessão pelos irmãos.

O que a Palavra nos faz dizer?

Oremos: Senhor, dá-nos um coração manso como o de Moisés, livre de inveja e pronto a perdoar. Ensina-nos a respeitar e sustentar com oração os que colocaste à frente do teu povo. Liberta-nos de toda atitude que fere a comunhão e cura nossas divisões com teu amor. Amém.

LITURGIA - SALMO DO DIA

Salmo Responsório Sl 50(51),3-4.5-6a.6bc-7.12-13 (R. cf. 3a)


- Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

- Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa! 
- Eu reconheço toda a minha iniqüidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! 
- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniqüidade e pecador minha mãe me concebeu. 
- Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Salmo diz?

O Salmo 50 é uma profunda oração de arrependimento. O salmista reconhece seu pecado e implora a misericórdia de Deus, pedindo purificação e um coração novo. Ele confessa a gravidade de sua culpa e expressa o desejo sincero de ser restaurado, para permanecer na presença de Deus com um espírito decidido e fiel.

O que o Salmo nos diz?

Este salmo é um apelo constante à conversão. Ele nos mostra que, por mais grave que seja nosso pecado, Deus nunca nos rejeita quando o buscamos com sinceridade. Diante de nossos erros, a resposta deve ser o arrependimento, não a fuga. No contexto da vocação sacerdotal, lembramos que os padres são instrumentos da misericórdia divina, especialmente no sacramento da Reconciliação, onde o coração é purificado e restaurado pela graça.

O que o Salmo nos faz dizer?

Oremos: Tem piedade de nós, Senhor, e renova em nós um espírito firme e fiel. Cria em nós um coração puro e não retires de nós tua presença. Ensina-nos a buscar tua misericórdia com humildade e a viver reconciliados contigo e com os irmãos. Amém.

LITURGIA - EVANGELHO

Evangelho (Mt 14,22-36)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22 Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23 Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24 A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: "É um fantasma". E gritaram de medo. 27 Jesus, porém, logo lhes disse: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" 28 Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água". 29 E Jesus respondeu: "Vem!" Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" 32 Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33 Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" 34 Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35 Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36 e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA

O que o Evangelho diz?

Após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus se retira para rezar sozinho, enquanto os discípulos enfrentam a tempestade no mar. Pela madrugada, Ele vai ao encontro deles caminhando sobre as águas. Pedro, ao vê-lo, deseja ir ao seu encontro, mas vacila diante do vento e começa a afundar. Jesus o segura e o repreende pela pouca fé. Ao subir no barco, tudo se acalma, e os discípulos reconhecem: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”.

O que o Evangelho nos diz?

Este Evangelho nos recorda que, mesmo quando Jesus parece ausente, Ele nunca nos abandona. Ele vem ao nosso encontro nos momentos de tormenta, quando a fé vacila e o medo nos domina. Pedro representa cada um de nós: desejamos caminhar sobre as águas da fé, mas ao enfrentarmos os ventos contrários, hesitamos. No entanto, quando clamamos: “Senhor, salva-me!”, Ele sempre estende a mão. Neste mês vocacional, esta cena nos inspira a rezar por nossos sacerdotes, que também enfrentam ventos e precisam, como Pedro, manter os olhos fixos em Cristo.

O que o Evangelho nos faz dizer?

Oremos: Senhor Jesus, quando os ventos da dúvida e do medo nos cercarem, estende tua mão e fortalece nossa fé. Ensina-nos a caminhar confiantes ao teu encontro, mesmo em meio às tempestades. Dá coragem aos nossos sacerdotes, para que sejam sinais da tua presença e instrumentos da tua salvação no meio do teu povo. Amém.

Que Deus te abençoe, hoje e sempre!

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