LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA
Cor Litúrgica: Branco
18ª Semana do Tempo Comum | Segunda-Feira | 04/08/2025
Memória de São João Maria Vianney, presbítero
Neste início de semana de oração pelas Vocações Sacerdotais e também do mês vocacional, a Liturgia da Palavra nos conduz a um profundo olhar sobre a missão dos que foram chamados a cuidar do povo de Deus.
A Primeira Leitura nos apresenta o desabafo de Moisés diante da responsabilidade de conduzir um povo ingrato e insatisfeito. Ele se sente cansado e sobrecarregado, mas mesmo assim permanece fiel à missão que o Senhor lhe confiou.
O Salmo expressa a dor de Deus ao ver seu povo se afastar de seus caminhos, e revela a bênção prometida àqueles que permanecem fiéis.
No Evangelho, vemos o coração compassivo de Jesus, que mesmo em meio à dor pela morte de João Batista, se entrega ao povo, cura os doentes e realiza o milagre da partilha, ensinando-nos que o cuidado e a generosidade fazem parte da missão de todo servidor do Reino.
Neste contexto, celebramos com grande alegria a Memória de São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars, patrono dos sacerdotes. Homem simples, profundamente dedicado à oração, à confissão e à Eucaristia, ele é modelo de pastor que se desgasta por amor ao rebanho.
Sua vida nos recorda o valor e a beleza da vocação sacerdotal, e nos convida a rezar com mais fervor por todos os padres, pedindo que o Senhor os fortaleça em sua missão de serem sinais vivos da compaixão e da misericórdia de Cristo no meio do povo.
LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA
Primeira Leitura (Nm 11,4b-15)
Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, 4b os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: "Quem nos dará carne para comer? 5 Vêm-nos à memória os peixes que comíamos de graça no Egito, os pepinos e os melões, as verduras, as cebolas e os alhos. 6 Aqui nada tem gosto ao nosso paladar, não vemos outra coisa a não ser o maná". 7 O maná era parecido com a semente do coentro e amarelado como certa resina. 8 O povo se dispersava para o recolher e o moía num moinho, ou socava num pilão. Depois o cozinhavam numa panela e faziam broas com gosto de pão amassado com azeite. 9 À noite, quando o orvalho caía no acampamento, caía também o maná. 10 Moisés ouviu, pois, o povo lamentar-se em cada família, cada um à entrada de sua tenda. 11 Então o Senhor tomou-se de uma cólera violenta, e Moisés, achando também tal coisa intolerável, disse ao Senhor: "Por que maltrataste assim o teu povo? Por que gozo tão pouco do teu favor, a ponto de descarregares sobre mim o peso de todo este povo? 12 Acaso fui eu quem concebeu e deu à luz todo este povo, para que me digas: 'Carrega-o ao colo, como a ama costuma fazer com a criança; e leva-o à terra que juraste dar a seus pais!' 13 Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente? Pois se lamentam contra mim, dizendo: 'Dá-nos carne para comer!' 14 Já não posso suportar sozinho o peso de todo este povo: é grande demais para mim. 15 Se queres continuar a tratar-me assim, peço-te que me tires a vida, se achei graça a teus olhos, para que eu não veja mais tamanha desgraça".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que a Palavra diz?
O povo de Israel, no deserto, começa a murmurar contra Deus, lembrando com saudade dos alimentos do Egito e desprezando o maná que recebia do céu. Moisés, sobrecarregado pelas reclamações e pela responsabilidade de conduzir aquele povo ingrato, desabafa diante de Deus, sentindo-se esgotado, solitário e incapaz de suportar tamanho peso. A cena revela o cansaço de um pastor fiel, tocado pelas fraquezas humanas daqueles a quem serve.
O que a Palavra nos diz?
Esta leitura nos leva a contemplar o coração do pastor, que se doa incansavelmente por seu povo, mesmo quando incompreendido e solitário. Assim como Moisés, muitos sacerdotes carregam o peso de suas comunidades com amor e sofrimento silencioso. Neste início do mês vocacional, somos chamados a valorizar, acolher e sustentar espiritualmente os nossos padres, que nos conduzem mesmo em meio às nossas próprias murmurações e ingratidões.
O que a Palavra nos faz dizer?
Oremos: Senhor, fortalece os corações dos nossos sacerdotes, especialmente quando se sentem sozinhos ou sobrecarregados. Dá-lhes consolo, coragem e renovação interior, para que, como Moisés, continuem conduzindo teu povo com fidelidade. E a nós, dá um coração grato, atento e orante por aqueles que nos servem em teu nome. Amém.
LITURGIA - SALMO DO DIA
Salmo Responsório Sl 80(81),12-13.14-15.16-17 (R. 2a)
- Exultai no Senhor, nossa força.
- Mas meu povo não ouviu a minha voz, Israel não quis saber de obedecer-me. Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, abandonei-os ao seu duro coração.
- Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos! Seus inimigos, sem demora, humilharia e voltaria minha mão contra o opressor.
- Os que odeiam o Senhor, o adulariam, seria este seu destino para sempre; eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha o fartaria.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que o Salmo diz?
Neste salmo, Deus expressa sua dor pela infidelidade de Israel, que se recusou a ouvir sua voz e seguiu os próprios caprichos. O Senhor lamenta por não ser obedecido e declara o quanto desejaria conduzir seu povo à vitória, à fartura e à segurança. Sua promessa é de bênçãos abundantes para os que o escutam e caminham segundo os seus caminhos.
O que o Salmo nos diz?
Quantas vezes nos fechamos ao chamado de Deus, preferindo seguir nosso próprio coração endurecido! Esta Palavra nos interpela a escutar mais atentamente a voz do Senhor, especialmente por meio da Igreja e dos nossos pastores. Escutar a Deus é abrir-se à vida em plenitude. Neste início do mês das vocações, o salmo nos recorda que a obediência à vontade divina é o caminho da verdadeira felicidade.
O que o Salmo nos faz dizer?
Oremos: Senhor, dá-nos um coração dócil, que saiba ouvir tua voz e caminhar em teus caminhos. Perdoa-nos quando resistimos à tua vontade e nos deixamos conduzir por nossas vontades egoístas. Alimenta-nos com o pão do céu e sustenta-nos com tua Palavra. Amém.
LITURGIA - EVANGELHO
Evangelho (Mt 14,13-21)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13 quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14 Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!" 16 Jesus porém lhes disse: "Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!" 17 Os discípulos responderam: "Só temos aqui cinco pães e dois peixes". 18 Jesus disse: "Trazei-os aqui". 19 Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20 Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21 E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que o Evangelho diz?
Após saber da morte de João Batista, Jesus retira-se para um lugar deserto, mas é seguido por uma multidão sedenta de consolo e cura. Movido de compaixão, Ele acolhe, cura e, ao entardecer, realiza a multiplicação dos pães. A partir da generosidade dos poucos alimentos disponíveis, alimenta uma imensa multidão, revelando que, quando partilhamos com fé, Deus multiplica com abundância.
O que o Evangelho nos diz?
Este Evangelho nos mostra o coração compassivo de Cristo, sempre sensível à dor e à fome do povo. Ele não apenas cura, mas também ensina aos discípulos — e a nós — que somos chamados a colaborar com os dons que temos. Neste início do mês das vocações, essa passagem nos inspira a olhar para os nossos sacerdotes, ministros da Palavra e da Eucaristia, que continuam hoje a missão de alimentar espiritualmente o povo com o Corpo de Cristo e o amor do Bom Pastor.
O que o Evangelho nos faz dizer?
Oremos: Senhor Jesus, que és compassivo e generoso, ensina-nos a partilhar o pouco que temos com amor e confiança. Dá-nos um coração sensível às necessidades dos outros e renova em nossos sacerdotes a graça de servir com compaixão e alegria. Que, unidos a Ti, sejamos instrumentos da tua providência. Amém.
Que Deus te abençoe, hoje e sempre!
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