LEITURA ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA
Cor Litúrgica: Vermelho
13º Domingo do Tempo Comum | 29/06/2025
Solenidade dos Santos Pedro e Paulo Apóstolos
Neste 13º Domingo do Tempo Comum, a Igreja celebra com solenidade a memória dos dois grandes apóstolos que são colunas da fé cristã: São Pedro e São Paulo. Diferentes em origem, temperamento e missão, ambos foram escolhidos por Cristo para desempenharem papéis fundamentais na edificação da Igreja. Pedro, o pescador da Galiléia, foi constituído por Jesus como a pedra sobre a qual a Igreja seria edificada; Paulo, o fariseu convertido, tornou-se o grande missionário dos gentios. Suas vidas, marcadas por tribulações, testemunho e martírio, revelam que a Igreja nasce e se sustenta na fé confessada e anunciada com coragem.
Na Liturgia da Palavra, vemos Pedro sendo libertado milagrosamente da prisão, graças à oração constante da Igreja. O Salmo entoa o louvor do justo que clama ao Senhor e é por Ele libertado.
São Paulo, na carta a Timóteo, reconhece com gratidão que combateu o bom combate, guardou a fé e agora aguarda a coroa da justiça. No Evangelho, Pedro professa que Jesus é o Filho de Deus, e o Senhor o confirma como fundamento visível da unidade da Igreja e guardião das chaves do Reino.
Celebrar São Pedro e São Paulo é renovar nossa comunhão com a fé apostólica que permanece firme, viva e fecunda na Igreja de todos os tempos. Participemos da Santa Missa, com gratidão e esperança, professando a mesma fé que eles sustentaram até o fim.
LITURGIA - PRIMEIRA LEITURA
Primeira Leitura (At 12,1-11)
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 1 o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2 Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3 E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. 4 Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. 5 Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6 Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7 Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: "Levanta-te depressa!" As correntes caíram-lhe das mãos. 8 O anjo continuou: "Coloca o cinto e calça tuas sandálias!" Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: "Põe tua capa e vem comigo!" 9 Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10 Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. 11 Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!"
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que a Palavra diz?
A leitura relata a perseguição de Herodes contra a Igreja nascente. Tiago é martirizado, e Pedro é preso com forte vigilância. No entanto, a Igreja permanece em oração constante por ele. Na madrugada, um anjo do Senhor o liberta milagrosamente: as correntes caem, as portas se abrem, e Pedro é conduzido em segurança. Ao compreender o que ocorreu, ele reconhece a ação libertadora de Deus.
O que a Palavra nos diz?
Esta leitura, proclamada no dia em que celebramos São Pedro e São Paulo, revela que o Senhor nunca abandona os que confiam n’Ele. A oração da comunidade tem poder, e Deus intervém mesmo nas situações humanamente impossíveis. Pedro, líder da Igreja, é libertado não por sua força, mas pela ação divina e pela fé da comunidade unida em oração. É um chamado à confiança, à esperança e à comunhão.
O que a Palavra nos faz dizer?
Oremos: Senhor, como libertaste Pedro da prisão, liberta também o nosso coração de toda escravidão. Que jamais nos falte a fé na Tua ação poderosa e o amor fraterno que sustenta a oração da Igreja. Dá-nos coragem, como Pedro e Paulo, para sermos firmes na fé e testemunhas vivas do Teu Reino. Amém.
LITURGIA - SALMO DO DIA
Salmo Responsório Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5)
- De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
- Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. - Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
- Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
- Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
- O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que o Salmo diz?
O salmista proclama sua contínua ação de graças ao Senhor, que escuta o clamor dos humildes e os livra de todos os temores. Aquele que busca a face do Senhor não será confundido, pois Deus liberta e protege os que n’Ele confiam. O salmo conclui com um convite à experiência pessoal da bondade divina: “Provai e vede quão suave é o Senhor!”
O que o Salmo nos diz?
Esta oração de louvor se une à experiência de Pedro na prisão: Deus ouve o clamor dos que O invocam e age com poder. Diante das aflições e incertezas, somos chamados a confiar no Senhor, glorificá-Lo em todo tempo e buscar refúgio em Sua presença. A salvação começa com o louvor humilde e confiante.
O que o Salmo nos faz dizer?
Oremos: Senhor, eu Te bendigo em todo o tempo, pois em Ti encontrei libertação. Escuta, ó Deus, a oração dos humildes e mostra-nos a doçura da Tua face. Que minha alma confie em Ti sempre, e que eu proclame, com alegria, a Tua salvação. Amém.
LITURGIA - SEGUNDA LEITURA
Segunda Leitura (2Tm 4,6-8.17-18)
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo: 6 Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7 Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8 Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17 Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças; ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18 O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que a Palavra diz?
São Paulo escreve a Timóteo como quem se despede com serenidade. Reconhece que seu tempo está se completando: combateu o bom combate, guardou a fé, e agora lhe está reservada a coroa da justiça. Ele reconhece que foi o Senhor quem o sustentou e o libertou, e confia que será plenamente salvo para o Reino eterno. É um testemunho de fidelidade, esperança e gratidão.
O que a Palavra nos diz?
Neste dia em que celebramos os dois grandes pilares da Igreja, Pedro e Paulo, somos convidados a olhar para a vida do apóstolo Paulo como um exemplo de total entrega à missão. Mesmo em meio a perseguições e sofrimentos, ele nunca deixou de anunciar o Evangelho com ardor e confiança. Sua vida nos desafia a permanecer fiéis até o fim, certos de que a vitória está no Senhor.
O que a Palavra nos faz dizer?
Oremos: Senhor, dá-me a firmeza de Paulo para combater o bom combate e guardar a fé até o fim. Que, sustentado por Ti, eu anuncie com coragem a Tua Palavra. E quando chegar a minha hora, possa receber das Tuas mãos a coroa da justiça e cantar para sempre a Tua glória. Amém.
LITURGIA - EVANGELHO
Evangelho (Mt 16,13-19)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13 Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" 14 Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15 Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16 Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". 17 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18 Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
LEITURA ORANTE - LECTIO DIVINA
O que o Evangelho diz?
Jesus pergunta aos discípulos o que o povo diz sobre Ele e, em seguida, dirige-lhes a pergunta mais direta e decisiva: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro responde com fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus então o proclama “bem-aventurado”, reconhecendo que essa fé vem de uma revelação do Pai. A Pedro, Jesus confia as chaves do Reino dos Céus, e sobre ele edifica a Sua Igreja, invencível contra as forças do inferno.
O que o Evangelho nos diz?
Neste dia em que honramos São Pedro e São Paulo, a Igreja contempla o fundamento da sua missão e unidade. Pedro, com sua fé firme e sua fragilidade humana, foi escolhido como rocha sobre a qual Cristo edificaria Sua Igreja. Essa escolha nos ensina que Deus constrói com homens frágeis, mas obedientes, e que a verdadeira fé nasce da intimidade com o Pai. É um chamado a renovar nossa profissão de fé com coragem e fidelidade.
O que o Evangelho nos faz dizer?
Oremos: Senhor Jesus, como Pedro, eu proclamo: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! Sustenta a Tua Igreja sobre a rocha da fé, e concede-nos a graça de viver unidos a Ti com confiança e coragem. Que a nossa vida proclame sempre a verdade do Teu amor. Amém.
Que Deus te abençoe, hoje e sempre!
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